quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Home doctor (atendimento médico a domicílio)


Sempre me perguntam sobre o sistema de saúde daqui, que é bem diferente do Brasil. Já fiz vários posts sobre isso (aqui e aqui com link para mais postsantigos) e em um desses posts eu mencionei o home doctor, mas não expliquei melhor do que se trata.
Há alguns meses usamos o serviço pela primeira vez com o Lucas, então vou contar como foi a minha experiencia.

Começando do principio: o home doctor é um serviço de atendimento médico a domicílio em horário não comercial (dia de semana a noite – de 6pm a 8am –, fim de semana e feriados – o dia todo). No site deles tem as cidades atendidas pelo serviço, dentre elas Sydney e Melbourne. O serviço é bulk billed, ou seja, vc não paga a visita pois a cobrança vai direto pro Medicare (pra quem tem) ou pro seguro privado Allianz, Medibank ou Bupa se for estudante internacional (se não se enquadrar nessas hipóteses vc pode pagar com cartão, mas tem que ligar pra eles pra saber o valor). Segundo o site deles, em 80% dos casos o médico chega na sua casa num prazo de 3 horas da ligação solicitando-o.
Funciona assim: vc liga diretamente pra eles (o número é 13 SICK, ou seja, 13 7425) ou faz a solicitação pelo app. Eu fiz pelo app, mas aí em seguida alguém do call center deles me ligou pra pegar mais detalhes e confirmar o agendamento. No meu caso liguei porque era um domingo de tarde e o Lucas estava com umas bolinhas pelo corpo, sendo que 2 dias antes ele tinha tido febre e vomito. Como no dia da febre melhorou em seguida, não cheguei a levar no médico, mas daí domingo apareceram essas bolinhas e eu não queria levar ele pra creche no dia seguinte sem saber se era algo contagioso, mas ao mesmo tempo ele estava bem, não era caso de hospital.

Aliás esse é um detalhe que eles avisam no site: esse serviço é pra casos em que não haja uma emergência séria, ou necessidade de exames, pois nesse caso melhor levar no hospital mesmo. Mas também não é como no Brasil que se vc está com uma dor de garganta aguda no domingo vc vai no hospital, aqui vc pode chamar esse médico em casa ou ir num medical centre que funcione nos fins de semana (nesse dia eu até podia levar o Lucas num medical centre desses, mas estávamos voltando de um longo dia e tudo que eu queria era chegar em casa). Eu nunca tive que ir com o Lucas pro hospital, todas as infecções que ele já teve (incluindo febre alta, otite, amigdalite, eczema, etc) tratamos no GP ou no medical centre ou com esse home doctor.
Voltando a história: fiz a solicitação do serviço e eles me deram uma previsão de 2 horas para a chegada do médico. Quando estava perto dessa previsão vencer, recebi uma ligação do próprio médico avisando que ele estava um pouco atrasado mas chegaria em 30 minutos. Ele chegou, examinou o Lucas (ouvido, garganta, nariz), viu a rash, eu contei dos sintomas que ele teve antes e ele deu o diagnóstico (nada grave, só uma infecção viral). Ainda pedi a ele um certificado constando que o Lucas não poderia ir na creche pro Thiago poder apresentar no trabalho dele pra faltar no dia seguinte (o que acabou não precisando porque a rash sumiu no dia seguinte e o Lucas foi pra creche normalmente). Ah, e no final ele pede o número do cartão do Medicare pra cobrar diretamente deles, eu não tive que pagar nada.

No geral fiquei bem satisfeita com o serviço, o médico (um clínico geral, o GP como chamado aqui) era bem atencioso, examinou o Lucas sem pressa e achei que não ficou devendo nada a uma visita ao meu GP usual. Claro que eu sempre vou preferir o meu GP de confiança (na verdade tenho 2, o usual e outro pra quando o usual não está disponível), mas numa emergência não tão grave vale a pena chamar usar esse serviço.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O que sentimos falta do Brasil (atualização do post de 2011)


Outro dia eu estava pesquisando algo nesse blog e dei de cara com um post de 2011, que escrevemos antes de vir pra Austrália, com uma lista de coisas que achávamos que iríamos sentir falta do Brasil (ou não) quando nos mudássemos pra cá (esse post aqui). Só que depois disso nunca mais escrevemos sobre o assunto, então eu acho que já estava mais do que na hora de reavaliar essa lista e ver com o que concordamos ainda (ou não).
Pra facilitar vou transcrever abaixo a lista em azul, e em vermelho faço minha atualização. Vou falar por mim, acredito que o Thiago tenha visões diferentes sobre alguns tópicos, mas como ele sumiu desse blog e quem manda agora sou eu, haha, o post vai ter o meu ponto de vista.
Vamos sentir falta da/do...
  1. Família: do natal, do almoço de domingo, das festas de aniversario, do carinho, apoio e segurança que eles nos dão.  Sim, sentimos muita, mas muita falta mesmo. Essa dor da distancia acho que nunca vai ficar menos dolorida…
  2. Amigos: das cervejas no plebeu, das discussões sobre assuntos polemicos, dos encontros, festas e reuniões, dos amigos de verdade que podemos contar a qualquer hora. Em parte. Claro que ainda sentimos muita falta dos amigos que ficaram, mas também fizemos novos e maravilhosos amigos aqui. Acho que nesse ponto o Thiago sente mais falta que eu por não ter encontrado aqui uma turma que se encontre frequentemente como a do Brasil. Eu, por outro lado, tenho os grupos de mães, amigas que tiveram bebe na mesma época que eu, os girls night, então consigo dividir mais.
  3. Comida: feijoada, dos churrascos com carvão e picanha na brasa, das comidas regionais (tapioca, rabada, moqueca, etc.), dos restaurantes de botafogo, da comida bem servida dos botequins. Em parte. Claro que sempre que vou no Brasil me esbaldo com as comidas, mas tem muita coisa que dá pra achar aqui (hoje mesmo comi arroz com feijão, tem churrascaria brasileira, e muitos produtos dá pra comprar online com preço aos olhos da cara). Fora que eu já me acostumei com as comidas daqui, então quando vou pro Brasil é que sinto falta da vegemite. Mentira! haha Não tem como gostar dessa bosta salgada, e continuo com a regra de que essa porcaria não entra na minha casa, apesar do Lucas amar e comer na creche (hunf). Agora falando sério: estou mesmo acostumada com a comida daqui, com a variedade de comida internacional, e nem peco mais pra me trazerem biscoito e chocolate do Brasil! (tá, mentira de novo, eu peço bombom serenata de amor e mate leão em erva pra fazer mate gelado em casa. Mas só!)
  4. Musica: do forro e samba do democráticos, das marchinhas dos blocos de rua, dos shows no circo voador, do chorinho da feiras de domingo, das musicas regionais, mpb em geral, etc. Hum, de novo em parte. Eu sinto falta de dançar forró, da música brasileira, mas acho que o Lucas trouxe um novo ritmo as nossas vidas. Da última vez que fomos no Rio, mesmo tendo a família pra ficar de babá e saindo pra um samba na Lapa ,não é mais a mesma coisa, fico com saudade dele, quero voltar cedo pra dormir cedo e aproveitar o dia com ele, enfim, ele mudou nosso ritmo. E não foi algo forçado ou sofrido como eu achei que seria, foi só algo natural que a presença dele nos trouxe. Pode ser que isso mude daqui a uns anos, quando ele estiver maiorzinho, vamos ver.
  5. Diversas casas de suco natural do Rio. Nem sei dizer se isso faz falta, porque na verdade me acostumei a beber mais água aqui e comer a fruta inteira, que é o que faço com o Lucas e adotei pra mim. Claro que fruta aqui é mais cara e tem menos variedade que no Brasil, mas já me acostumei também e isso se incorporou no nosso orçamento. E fora que do jeito que o Rio está caríssimo, não sei se mesmo com a conversão aqui sai mais caro não…
  6. Mate de latão e do biscoito globo da praia. Sempre, saudades eternas de mate e biscoito globo.
  7. Bares da lapa. Aqui cai no mesmo do item 4. Sinto falta mas ao mesmo tempo estamos em outro ritmo de vida. Fora que a cerveja aqui é infinitamente melhor que no Brasil, isso até o Thiago há de concordar.
  8. Praias do Rio e do Brasil. Sim, isso sinto falta, da água quentinha, do calor que dá pra ir pra praia em qualquer horário, da brisa que quando tem é leve e não esse ciclone gelado daqui (a exagerada). Aqui vou muito menos na praia, porque quando está sol e calor é um maçarico de raio cancerígeno, e no início da manha e no fim da tarde já começa o vento gélido (a exagerada parte II).
  9. Doces com sabor, leite condensado, brigadeiro, requeijão, etc. Bom, pelo tamanho da minha circunferência de cintura isso não deve estar fazendo tanta falta assim… haha Mas sério, já aprendemos a achar doce com sabor aqui (vide esse meu post) e leite condensado tem em qualquer mercado, dá pra fazer brigadeiro em casa.
  10. Carnaval. Não sei do que o Thiago tinha saudade, porque já andávamos de saco cheio da zoeira que fica no Carnaval. Só se for do feriado prolongado que sinto falta…
  11. Calor do povo brasileiro. Sim, faz falta, muita falta. Mas com esse “calor humano” vem o jeitinho, a mania de chegar atrasado, a intromissão na vida alheia. Então fico meio dividida: sinto falta de alguns aspectos, mas de outros quero distancia.
  12. Futebol toda quarta e domingo. Não sei do que o Thiago achava que ele ia sentir falta se ele nunca jogou futebol com essa assiduidade. haha (explanando o marido)
  13. Informalidade do carioca. Igual ao item 11. Sinto falta de alguns aspectos, mas quero distancia de outros.
  14. Língua portuguesa. Sim, faz falta falar a sua língua, não ter que puxar a memória para falar bem inglês (tenta quando vc está sem dormir a noite por causa do bebe), saber todas as gírias e se “integrar” mais facilmente. Mas falamos só português em casa, a maioria das músicas que ouvimos são brasileiras, e temos muitos amigos brasileiros pra matar a saudade.
  15. Almoçar comida nos dias de trabalho. Continuamos fazendo, cozinhamos em casa e levamos. Esse negócio de almoçar sanduíche como os australianos não dá sustança não…
  16. Dançar forró, samba, etc. É impressão minha ou repete o item 4? Ai, Thiago e sua mania de não revisar texto…
  17. Belezas naturais da cidade maravilhosa (montanhas, cachoeiras, animais, natureza em volta da cidade). Até sinto (o Rio é realmente lindo), mas de que vale tanta beleza se é tudo sujo, mal conservado e perigoso? Sydney também é lindíssima e tem ainda mais natureza a disposição (vide o passatempo preferido do Lucas que é perseguir os passarinhos nos parques).
  18. Cinemas alternativos de Botafogo com varias opções de filmes fora do circuito normal, além do festival de cinema do Rio. No início eu sentia muita falta disso, das minhas maratonas no festival de cinema, mas agora não tenho tempo mesmo pra ver filme (a não ser que seja Frozen, o preferido – e único – do Lucas), então é melhor estar longe do que ficar na tentação.
  19. Passeio na Lagoa no domingo. Também não sinto falta, aqui cada semana vamos explorar um parque novo, e são tantas opções lindas e bem cuidadas que colocam a Lagoa no chinelo.
 Não vamos sentir falta da/do...
  1. Corrupção / transgressão das leis. De acordo.
  2. Bagunça urbana das cidades. De acordo.
  3. Jeitinho brasileiro / malandragem do carioca. De acordo.
  4. Gente furando fila. De acordo.
  5. Lixo nas ruas. De acordo.
  6. Aspones. De acordo.
  7. Burocracia do serviço publico. Aqui também tem, apesar de que de um jeito mais “certinho”.
  8. Desperdício da coisa publica. De acordo.
  9. Descaso das autoridades. De acordo.
  10. Concurseiros de plantão doidos pra passar em um concurso publico pra mamar nas tetas do governo e participar da festa do desperdício. De acordo.
  11. Desemprego ou a falta de oportunidade de mudar de ramo, da estabilidade profissional mesmo em áreas privadas. De acordo.
  12. Desigualdade social / pobreza. De acordo. Claro que aqui tem pobreza, mas numa quantidade infinitamente inferior.
  13. Custo de vida no Rio. Aqui também é bem elevado, mas o poder de compra aqui é maior.
  14. Violência. 100% de acordo.
  15. Falta de educação e solidariedade das pessoas. De acordo, ainda que aqui vez ou outra também tenha claro.
  16. Desrespeito com o próximo, com o meio ambiente, com o patrimônio publico, etc. De acordo.
  17. Qualidade dos serviços públicos (saúde, transporte, educação, cultura, etc.). De acordo.
  18. Falta de apoio do governo. De acordo.
  19. Falta de estabilidade, segurança para planejar o futuro sem ter que passar pra um cargo publico. De acordo.
  20. Indicação para se dar bem, QI. Aqui também tem QI, mas não tão forte como no Brasil.

Os itens que não vamos sentir falta podiam ser bem mais elaborados, eu sei, mas aí periga vir o pessoal coxinha aqui nos comentários, o “fora dilma”, “PT é a raiz de todo mal”, e eu sinceramente não estou com o saco de entrar nessa discussão. Quem sabe um dia entro de novo nesses assuntos “socialistas” (como já me chamaram, diga-se de passagem, nos comentários do blog).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015


Tem tempo que eu não faço uma retrospectiva aqui no blog. Aliás acho que a única que eu fiz até hoje foi nesse post aqui, além dessa outra mambembe quando voltei do sumiço.
Como essa semana começa efetivamente 2016, achei que cabia uma retrospectiva oficial e o que espero para esse ano.

2015 foi um ano incrível, mas igualmente difícil. Foi o ano em que sofremos as dores e delícias de se criar um filho, agravado pelo fato de estarmos longe da família. Minha gravidez e o pós parto foram incrivelmente difíceis e desafiadores, depois quando as coisas começaram a entrar na rotina começamos uma onda de doenças no inverno que durou longos e tenebrosos 4 meses. Nesse período chegamos a cogitar seriamente voltar pro Brasil, foi realmente pesado estarmos os 3 doentes e tendo que manter a rotina da casa, trabalhar e cuidar de um bebe sem ajuda da família. Mas se pensar bem eu acho que todo inverno eu entro nessa “depressão” e quero voltar pro Brasil. haha  (#odeioinvernofrio)

Apesar dos momentos difíceis foi uma delícia ver o nosso pequeno crescendo e se desenvolvendo com tanta liberdade. Hoje sinto até falta de ter um bebe em casa, pois já tenho um típico toddler (menino) que corre anda, escala, dança, tagarela (na língua dele, mas tá valendo), faz graça pra nos ver sorrir e a cada dia reclama por mais liberdade (essa semana cismou que quer comer sozinho, quer dizer, com as mãos ele sempre comeu, mas agora quer comer de colher/garfo. Ai, ai…). Quando vejo a liberdade que ele tem aqui, a paz de espírito que é sair com ele para qualquer parque/praia, deixá-lo livre para andar pelo bairro e explorar tudo a sua volta, não tem preço e me faz ter a certeza de que é aqui mesmo o meu lugar.
Foi também o ano que mais viajamos, surpreendentemente, porque eu achei que com a licença maternidade não remunerada (já expliquei sobre isso aqui) iríamos a falência. Mas como já dizia meu pai, quanto mais de gasta mais se ganha. haha  Brincadeira, no nosso caso (em que não ficamos ricos) acho que foi mais uma questão de ajustar prioridades. Abandonamos por hora a pretensão de comprar um apartamento no futuro a curto prazo e optamos por aproveitar mais a vida com viagens. E como em 2014 com a minha gravidez + o nascimento do Lucas praticamente não pudemos viajar, em 2015 fomos a forra: Gold Coast em abril (quando o Lucas tinha 4 meses), Rio de Janeiro em maio (fiquei lá dos 4.5 meses do Lucas até ele fazer 6 meses), Fiji em outubro (o Lucas tinha 10 meses, post aqui) e Nova Zelândia pro Natal e Ano Novo (quando o Lucas já tinha 1 ano – em breve faço um post sobre essa viagem). Ou seja, o pequeno mal fez um ano e já tem 3 viagens internacionais no passaporte. :)
Curioso que cada viagem teve um sabor especial por conta da idade do Lucas na época. As duas primeiras foram mais “fáceis” em termos de comida e voos porque ele sendo menor era basicamente leite, ele dormia mais frequente e qualquer objeto o distraia. Em compensação acordava muito de madrugada e o jet lag dele na viagem pro Brasil foi desesperador. Já Fiji foi o começo do perrengue de se viajar de avião com um bebe móvel que não prende atenção em nada por mais de 10 segundos e que começou a recusar papinha pronta (vou te dizer: um desafio ter um bebe de paladar refinado. haha Mas não posso reclamar porque ele é super bom de boca, só não gosta de comida sem tempero, comida repetida e papinha pronta. :-P), mas ao mesmo tempo que estava começando a explorar e descobrir o mundo e foi uma viagem deliciosa! Nova Zelândia por sua vez foi igualmente deliciosa, com o benefício de ter a mãe e irmã do Thiago por lá pra nos dar uma super ajuda com o Lucas e com isso podermos fazer até esportes radicais! Foi também a transição do Lucas da fase de bebe para um menino, então se por um lado era mais fácil a parte de alimentação (ele come o que a gente come, sem frescura e comida inteira mesmo do nosso prato), sono (ele já tem a rotina de sonecas e dorme a noite toda, apesar de sempre terem noites de recaída), por outro foi mais cansativo entretê-lo e correr atrás dele com ele o dia todo, mas igualmente prazeiroso vê-lo explorando o mundo livremente. Para 2016 eu só desejo que meu pequeno continue com saúde e enchendo a casa de risadas e amor.
Seguimos no mesmo apartamento, que gostamos muito e espero permanecer pelos próximos anos, até porque não aguento mais mudança (já até fiz vários posts no blog sobre isso, aqui e aqui)! Também seguimos nos mesmos empregos, Thiago já há 1.5 anos numa empresa e eu há 3 anos no mesmo escritório de advocacia. Ao mesmo tempo que estamos bem, estabilizados e com reconhecimento profissional, tem rolado em nós dois aquela cosquinha de necessidade de mudar. Mudar pra crescer profissionalmente ainda mais, mudar pra buscar novos desafios, pra respirar outros ares. Mas sinceramente não sei se essa mudança vai acontecer em 2016. Primeiro porque agora temos uma família pra contrabalançar e não é mais tão fácil abrir mão da estabilidade profissional. E ainda tem a questão de que se formos ter outro filho (não pra 2016, mas quem sabe 2017 ou 2018…) precisamos estar num emprego estável pra facilitar essa nova aventura. Eu sinceramente as vezes sinto falta de me focar mais na minha carreira, ainda mais agora que só trabalho 3x por semana. Queria mudar de escritório, quem sabe validar meu diploma aqui e alçar voos ainda maiores. Mas aí esbarro no prazer que tenho de passar 2 dias da semana inteirinhos com o Lucas, no fato de que não quero abrir mão do tempo livre com a minha família pra trabalhar longas horas. Já fiz muito isso nos meus vinte e poucos anos, não me vejo mais fazendo. Acho que a vida é sempre assim, né, um mar de escolhas e cada uma traz suas dores e delícias.

Em resumo acho que 2015 foi um grande ano, e 2016 tem tudo pra ser ainda melhor. Primeiro que em fevereiro poderemos dar entrada no pedido de cidadania (uhuu), então 2016 já ficará marcado como ano em que viraremos cidadãos australianos (e finalmente poderemos passar na fila rápida do aeroporto, porque ninguém merece a fila da imigração, na viagem pra Fiji ficamos quase 1 hora no retorno! Isso com um bebe faminto a tiracolo, e mesmo com o Lucas se esgoelando de fome não nos deram prioridade.), pra fazer companhia pro nosso canguruzinho que já tem passaporte australiano desde 1 mês de vida. Nossa viagem ao Brasil esse ano provavelmente será em agosto/setembro (o duro vai ser ficar sem viajar até lá...), e vai ser incrível rever a família com o Lucas já independente e falando (dessa vez a nossa língua. haha), além da emoção de ver a primeira filha de uma das minhas melhoras amigas que nasce no meio do ano. Ah, e essa viagem será ainda mais especial pois vamos fazer um pit stop em Londres pro casamento da minha outra melhor amiga. Esse ano promete! Mal posso esperar pelas coisas boas que 2016 nos trará.