Aliás eu reli o meu post sobre o Wet ‘n
Wild e o mais engraçado foi a parte que eu ficava espantada com os trajes da
galera, as mulheres com biquíni grande e blusa ou maiô, os homens todos de
bermuda, as crianças cobertas com roupas inteiras e chapéu estilo Chaves. E
advinha como eu, Thiago e Lucas nos vestimos agora? hahahaha Ser mãe é mesmo
cuspir pra cima, como mudamos a forma de pensar e agir! Primeiro que meus biquínis
micro estilo brasileiro foram aposentados há tempos, porque convenhamos que um biquíni
micro não combina com os quilinhos a mais que a maternidade traz ou com o fato
de eu estar sempre correndo atrás do Lucas. Fora que usar biquíni de lacinho e
cortininha com criança pequena é pedir pra ficar pelada na piscina/praia,
porque óbvio que em algum momento a criança vai puxar ainda que
involuntariamente. Então faz tempo que eu adotei o biquíni grande na parte de
baixo e um top na parte de cima quando vou na piscine, principalmente se estou sozinha com o Lucas. Recentemente ainda
adotei o maiô na piscina, bem mais prático. Na praia coloco uma parte de cima
menor pra não fazer uma marca bizarra, mas evito os cortininha muito pequenos
ou tomara que caia (esse último por motivos óbvios). O Thiago, por sua vez,
aboliu a sunga na piscina porque absolutamente nenhum homem usa sunga aqui na
piscina. rs Na praia ele ainda usa, apesar de poucos homens aqui usarem. Já o
Lucas, assim como a grande maioria das crianças aqui, usa sempre uma roupa de
praia com fator de proteção 50 que cobre pelo menos metade dos braços e metade
das pernas + um chapéu estilo Chaves que cobre orelha e pescoço. Isso porque o
sol na Austrália é um maçarico por conta do buraco na camada de ozónio bem em
cima do país, e a incidência de câncer de pele é uma das maiores (se não a
maior) no mundo. Então todo cuidado é pouco com as crianças, tanto que nas
creches tem geralmente a regra de que as crianças tem que ir de blusa cobrindo
os ombros, usar protetor solar e chapéu de aba larga sempre que forem brincar
na parte externa.
Enfim, voltando ao Jamberoo. Eu continuo tento um nojo mortal de piscinas, mas com o Lucas não me restou alternativa senão encará-las, principalmente porque em dias muito quentes nem pra praia dá pra ir, então só me resta levar o Lucas na piscina coberta do clube. Daí resolvi encarar um parque aquático mais uma vez, apesar do meu receio do Lucas ainda ser muito novo pra curtir. Ledo engano! Ficamos quase 8 hrs dentro do parque e o Lucas curtiu cada minuto!
Começando do começo: o Jamberoo fica a 20
minutos de Wollongong, ao sul de Sydney. Como eu moro no Shire, são 1hr de carro
pra lá. Do centro de Sydney deve dar em torno de 1hr40min a 2hrs. Saímos de
casa bem cedo pra chegar na hora que o parque abre, 10am. Curiosidade na
estrada: como tem trechos de subida/descida, a velocidade máxima era 80km/h
para carros e 40km/h para caminhões e ônibus. Onde que no Brasil vc vai ver caminhão
andando a 40km/h em estrada??? Ah, a Austrália que não cansa de me surpreender…
Chegamos lá as 10:10am e já estava lotado!
O estacionamento bombava e eu comecei a ficar tensa imaginando o perrengue que
íamos passar. Como tínhamos comprado o ingresso pela internet (custa $65 para
adulto e $55 para criança maior de 3 anos), entramos direto sem fila, apenas
com uma rápida parada na entrada pros seguranças revistarem as bolsas (mal e
porcamente, diga-se de passagem). Um segurança me perguntou a idade do Lucas,
mas não pediu nenhum comprovante. Como ele tem 2 anos, não pagou ingresso.
Uma vez lá dentro tentamos colocar as
tralhas num armário (que custam $10 pelo dia) mas os que tinham logo na entrada
já estavam lotados. Acabou que nem tentamos achar outro porque estávamos com o
carrinho mesmo (já que o Lucas ainda tira soneca na hora do almoço) e deixamos
as tralhas no carrinho perto das piscinas que íamos.
Uma coisa que logo de cara me surpreendeu
no parque é a quantidade de verde, com árvores, grama (e moscas) por todo lado.
Muito diferente do deserto de concreto do Wet ‘n Wild. Dá pra ver pelo mapa do
parque:
Logo na entrada fica uma praia artificial,
que tem uma parte com toldo pras crianças pequenas, com escorregas pequenos e
piscina rasa. O Lucas já amou de cara (a cara emburrada é porque ele não curte
foto, mas amou essa piscina):
De lá fomos pro Banjo
Billabong que tem um enorme water play, com escorregas e tal. Infelizmente a
altura mínima pra essa atração é 1 metro, então o Lucas não pode entrar. Essas
as fotos dessa atração:
Daí fomos pro Mushroom Pool,
que é uma piscina só pra toddlers (crianças menores de 3 anos basicamente, mas
até 5 anos podia entrar). Lá tinha um escorrega só pra crianças menores de 5
anos que adultos não podiam ir. Eu fiquei tensa do Lucas ir sozinho, mas claro
que meu pequeno corajoso quis ir e foi bem tranquilo. Foto abaixo:
Logo ali do lado tinha
outra piscina pequena pra toddlers com vários escorregas e ao lado um tronco de
equilíbrio pra crianças maiores (e adultos), que óbvio que o destemido do meu
filho quis ir e colocou muito adulto no chinelo andando e se equilibrando
direitinho no tronco.
Nessa hora já era meio dia
e colocamos o Lucas pra dormir e fomos comer. Tinha bastante fila pra comprar
comida, mas foi razoavelmente rápido. Isso foi outra coisa que gostei do
parque: apesar de lotado era bem espaçado então sempre tinha lugar pra sentar,
comer, descansar. A comida foi razoável, não dá pra esperar muito de um parque
assim. Eu comi um fish & chips e o Thiago um hambúrguer (o meu estava bom,
o do Thiago era bem ruinzinho). Tinha ainda cachorro-quente, pipoca, sorvete,
essas porcarias normais de parque. Eu levei comida tipo lanche pro Lucas
(fruta, cracker), e planejava dividir meu fish & chips com ele, mas ele fez
greve de fome e comeu muito pouco o dia todo, o que ocorre normalmente em dias
muito quentes. Depois de meros 40min dormindo, o danadinho acordou com a corda
toda e rumamos pra Billabong Beach, que é uma outra praia artificial mas essa
exclusivamente pra crianças menores de 5 anos. O Lucas simplesmente se acabou
por lá pelas próximas 4 horas! O único senão foi o grande escorrega que tinha
lá que não me deixaram ir com ele (tinha uma regra de que adultos não podiam
subir na plataforma) e o Lucas até poderia ir sozinho, se subisse
autonomamente. Eu não queria deixar porque ele é muito pequeno e o negócio é
imenso, mas claro que ele é louco destemido e quis ir mesmo assim. Deixei, mas
no meio da escada veio um jato d’água do alto que assustou ele (ele ama piscina
mas odeia água na cara, vai entender…) e fez ele dar meia volta e descer e
nunca mais tentar subir aquele brinquedo. Achei perfeito! Haha Tirando esse
escorrega alto tinham vários outros escorregas menores, animais gigantes
esguichando água e até uma mini caverna com desenhos dentro que o Lucas
absolutamente amou! Vejam as fotos:
Esses eram basicamente os
brinquedos pra crianças, além do Rapid River que é aqueles rios de correnteza
que dava pra criança ir desde que acompanhada por um adulto. Detalhe que eu fui
nesse rio sozinha com o Lucas e foi um desastre total porque era fundo pra mim
(tipo acima da minha cintura) e eu não conseguia nem por um decreto entrar na
bóia, no meio da correnteza, carregando o Lucas no colo. Uma amiga me ajudou a
entrar, o que eu só consegui com ela segurando minha bóia e eu colocando o
Lucas sentado na borda, mas acho que pela minha falta de jeito ele ficou com
medo e não curtiu muito. Pra terminar, achando que a saída seria mais fácil,
pulei da bóia com ele no colo e afundamos os 2 no rio. Coitada da criança,
tomou um caldo da mãe desnaturada. haha Pelo menos foi um caldo de leve, melhor que
o Thiago que foi levar o Lucas no mesmo rio, também sozinho, e tomou um caldo
homérico pra entrar na bóia, daqueles de ficar debaixo d’água sem conseguir
subir (ele Thiago, não o Lucas, porque como bom pai ele conseguiu elevar o
Lucas acima da água). Segundo o Thiago o caldo foi tão feio que ele achou que
os salva-vidas viriam resgatá-lo. haha Daí vcs vêem de onde o Lucas tirou essa
alma corajosa e destemida, de 2 pais loucos. haha
Pra não dizer que não aproveitamos
brinquedos de adulto, decidimos nos revezar com o Lucas nessa piscina-praia e
fomos em alguns outros brinquedos. Eu fui no Perfect Storm, que é um tubo
imenso e fechado com água dentro, simulando um rafting radical que vc desce de
bóia com até mais 3 pessoas. Foi absolutamente sensacional! Já o Thiago foi no
Funnel Web, que é parecido com o que eu fui, mas menos rápido. Como estava
muito cheio e as filas enormes (eu levei quase 1hr pra ir no Storm!), não conseguimos
ir em outros brinquedos, apenas no The Rock que é uma pedra de 5 metros de
altura que vc pula pra uma piscina. Digamos que a pedra é mais alta do que
parece e depois do salto rolou um: “merdaaaaa, é muito mais alto do que
pareciiaaaaaa….” e uma engolição de água básica ao cair na piscina. haha
Saímos de lá com o parque
fechando, absolutamente destruídos mas valeu tanto a pena que já penso em
voltar lá em breve, assim que eu recuperar minhas energias, porque a sanidade
eu pareço que não tenho mesmo pra me meter nessas maratonas. haha
P.S.: Detalhe pras nossas
roupitchas nas fotos. O Lucas coberto dos pés a cabeça (a bóia eu coloco quando
quero um pouco de paz, porque sem ela eu não posso piscar que o danadinho se
joga de cara na água. E essa boia tipo colete foi a unica boia que ele aceitou colocar, aquelas de braço ele não deixa colocar nem a força) e eu e Thiago de camisa. Essas camisas foram fundamentais
porque afinal passamos 8hrs debaixo do sol maçarico australiano. Além disso
repassei protetor solar fator 50 em mim e no Lucas a cada 1hora, e com isso
saímos de lá ilesos sem queimaduras ou pele ardida.
Hahahaha que odisséia! Morro de rir do jeito que vc escreve Denise. Sinto como se estivesse assistindo a cena! Mesmo que não comente sempre, sempre leio os seus posts. Thanks for sharing!
ResponderExcluirBjs
Jacqueline
Obrigada, Jacqueline!
ExcluirBjs,
Denise