Atendendo a pedidos, resolvi escrever meu primeiro post. E nesse post resolvi dar uma visão geral do que eu penso sobre essa grande mudança.
Claro que foi uma decisão tomada em conjunto com o Thiago, há mais de um ano. E acho que tanto ele quanto eu temos os mesmos medos e desejos. Esse é um lado bom, estarmos em total sintonia, assim podemos dividir cada etapa desse longo projeto.
Eu confesso que não sei mais se eu quero que chegue logo o dia da ida, ou se quero que demore mais um pouquinho. Pois, apesar de já estarmos nesse planejamento há 1 ano e meio, às vezes parece que foi ontem e o dia D está se aproximando cada vez mais. Mas acho que na maioria das vezes quero que chegue logo, essa espera é muito angustiante. Não só pela espera em si, mas por deixarmos vários planos em stand by por conta da ida à Austrália. Exemplos: há algum tempo quero mudar de emprego (afinal, estou no mesmo lugar há 8 anos), mas não dá pois preciso de uma certa estabilidade por causa da Austrália. Quero ter um filho, mas não dá tempo por causa do pouco tempo que falta para a ida (assim espero). Quero mudar de apartamento, mas não dá pra sair gastando agora que estamos economizando para a Austrália. Tudo é Austrália,Austrália, Austrália.... Às vezes cansa!
Não tenho medo da mudança (tá, talvez um friozinho na barriga...), sei que terão pontos positivos e negativos, mas no final das contas é o que eu e Thiago escolhemos pra nossa vida juntos. Claro que a distância da família e amigos certamente vai ser o mais doloroso, mas procuro não pensar nisso. Como diz a minha irmã, não vamos adiantar as coisas nem sofrer por antecipação.
Sempre gostei de desafios, e começar do zero parece ser exatamente o que eu estava precisando nesses últimos anos. Mas tinha que demorar tanto? :-)
Beijos,
Denise
sábado, 14 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Etapas cumpridas
Depois de muito pensar, ponderar e por fim decidir que iríamos seguir em frente com o processo de imigração pra Austrália, tomamos o próximo passo que foi entender como todo o processo funciona, quais seriam cada etapa dele, documentos, valores, etc., e daí começar a ir ticando cada etapa cumprida.
Bom, a primeira coisa a fazer foi ler bastante sobre o assunto, no site oficial de imigração, fóruns, blogs, livros dicas de amigos, principalmente do Ricardo, etc. Enfim, demorei um bom tempo para entender todos os procedimentos necessários para começar a pensar em Austrália.
Para simplificar as coisas, poderia dizer que pra começar a brincadeira é preciso de dois documentos básicos, além de outros pré-requisitos, que seriam: Comprovação do reconhecimento em Inglês e o reconhecimento de sua profissão na Austrália. Fora isso ainda tem um limite de idade, comprovação de experiência profissional, etc.
Para conseguir um reconhecimento da profissão na Austrália, cada pessoa deve procurar o seu respectivo conselho profissional e se informar qual são os documentos necessários para dar entrada nesta comprovação. Geralmente, os documentos básicos solicitados são os diplomas, históricos, currículo e em alguns casos comprovação profissional em o Inglês.
No meu caso eu dei sorte, pois o conselho de arquitetura não pede a comprovação da língua, portanto eu pude dar entrada no conselho sem ter feito a prova de inglês. Isso foi ótimo, pois como eu nunca tinha feito um curso de inglês de verdade, eu precisaria estudar bastante para chegar ao nível básico exigido pela imigração.
Por outro lado, o conselho de arquitetura é um dos conselhos mais rigorosos dentre as profissões que o departamento de imigração (DIAC) tem interesse. Eles exigem vários documentos, só aceitam faculdades de período integral, etc. O número de brasileiros que foram recusados nesta fase é muito alto, ao ponto das agências de imigração dizerem que a chance de se conseguir um visto tendo uma profissão de interessa pelo DIAC é de 99%, o 1% são referentes aos profissionais de arquitetura.
Para não correr o risco, enviei 2kg (literalmente 2kg, pesados no Fedex) de documentos para o AACA (conselho de arquitetura). Foram diplomas, certificados, ementas das matérias da faculdade, currículo, portifólio, etc. Tudo traduzido, imagine a grana que foi... Consegui juntar tudo isso e em outubro de 2009 eu estava enviando pra Austrália. O detalhe é que o pagamento da taxa de inscrição só pode ser feita por cheque nominal em moeda australiana, mais uma vez o Ricardo me ajudou nesta burocracia. Esperei quase 6 meses pra receber a cartinha do AACA na minha casa sem saber se tinha sido reconhecido ou não, mas no final deu tudo certo. No mesmo dia que eu vi que não tinha passado no IELTS, eu recebo esta boa noticia. Melhor não passar no IELTS do que no AACA, já que o inglês pode-se tentar quantas vezes quiser já o AACA é “one shot only”.
Por haver o risco de ser recusado no AACA achei melhor me prevenir e resolvi pedir o reconhecimento da minha profissão como urbanista também, já que meu diploma tem estas duas funções profissionais. No final fiquei com dois reconhecimentos profissionais, me deixando mais a vontade para fazer uma “estratégia de imigração” mais flexível Havendo problema em aplicar como arquiteto, eu teria um plano B na manga. Como dizem por aí, um homem prevenido vale pro dois, hehe.
Enquanto isso... Desde fevereiro estou estudando Inglês pra recuperar o tempo perdido de anos que eu não fiz curso particular, só aprendi a língua na escola. Mas enfim, valeu a pena o esforço, em 1 ano e meio eu sai do nível básico pra o avançado e passei no IELTS (certificação de Inglês), na segunda tentativa mas tudo bem, cheguei na pontuação necessária: tirar 6 em todas as categorias (reading, listening, writing e speaking). No final de maio de 2010 eu recebi meu diploma do IELTS e dei por finalizada as etapas de juntar documentos. Estávamos prontos para mandar os documentos pra imigração. Na verdade ainda faltava traduzir os últimos documentos, dentre eles tudo o que pudesse comprovar minha experiência profissional como arquiteto autônomo (o que pode ser um problema no futuro), e mandar tudo pro DIAC.
Bom, este foi um resumo do que se passou durante este primeiro ano e meio de planejamento, na verdade tiveram outras coisas envolvidas, como as mudanças na regra de imigração, a crise mundial, etc., mas que no fim deu tudo certo. Espero que continue assim. Abraços.
Bom, a primeira coisa a fazer foi ler bastante sobre o assunto, no site oficial de imigração, fóruns, blogs, livros dicas de amigos, principalmente do Ricardo, etc. Enfim, demorei um bom tempo para entender todos os procedimentos necessários para começar a pensar em Austrália.
Para simplificar as coisas, poderia dizer que pra começar a brincadeira é preciso de dois documentos básicos, além de outros pré-requisitos, que seriam: Comprovação do reconhecimento em Inglês e o reconhecimento de sua profissão na Austrália. Fora isso ainda tem um limite de idade, comprovação de experiência profissional, etc.
Para conseguir um reconhecimento da profissão na Austrália, cada pessoa deve procurar o seu respectivo conselho profissional e se informar qual são os documentos necessários para dar entrada nesta comprovação. Geralmente, os documentos básicos solicitados são os diplomas, históricos, currículo e em alguns casos comprovação profissional em o Inglês.
No meu caso eu dei sorte, pois o conselho de arquitetura não pede a comprovação da língua, portanto eu pude dar entrada no conselho sem ter feito a prova de inglês. Isso foi ótimo, pois como eu nunca tinha feito um curso de inglês de verdade, eu precisaria estudar bastante para chegar ao nível básico exigido pela imigração.
Por outro lado, o conselho de arquitetura é um dos conselhos mais rigorosos dentre as profissões que o departamento de imigração (DIAC) tem interesse. Eles exigem vários documentos, só aceitam faculdades de período integral, etc. O número de brasileiros que foram recusados nesta fase é muito alto, ao ponto das agências de imigração dizerem que a chance de se conseguir um visto tendo uma profissão de interessa pelo DIAC é de 99%, o 1% são referentes aos profissionais de arquitetura.
Para não correr o risco, enviei 2kg (literalmente 2kg, pesados no Fedex) de documentos para o AACA (conselho de arquitetura). Foram diplomas, certificados, ementas das matérias da faculdade, currículo, portifólio, etc. Tudo traduzido, imagine a grana que foi... Consegui juntar tudo isso e em outubro de 2009 eu estava enviando pra Austrália. O detalhe é que o pagamento da taxa de inscrição só pode ser feita por cheque nominal em moeda australiana, mais uma vez o Ricardo me ajudou nesta burocracia. Esperei quase 6 meses pra receber a cartinha do AACA na minha casa sem saber se tinha sido reconhecido ou não, mas no final deu tudo certo. No mesmo dia que eu vi que não tinha passado no IELTS, eu recebo esta boa noticia. Melhor não passar no IELTS do que no AACA, já que o inglês pode-se tentar quantas vezes quiser já o AACA é “one shot only”.
Por haver o risco de ser recusado no AACA achei melhor me prevenir e resolvi pedir o reconhecimento da minha profissão como urbanista também, já que meu diploma tem estas duas funções profissionais. No final fiquei com dois reconhecimentos profissionais, me deixando mais a vontade para fazer uma “estratégia de imigração” mais flexível Havendo problema em aplicar como arquiteto, eu teria um plano B na manga. Como dizem por aí, um homem prevenido vale pro dois, hehe.
Enquanto isso... Desde fevereiro estou estudando Inglês pra recuperar o tempo perdido de anos que eu não fiz curso particular, só aprendi a língua na escola. Mas enfim, valeu a pena o esforço, em 1 ano e meio eu sai do nível básico pra o avançado e passei no IELTS (certificação de Inglês), na segunda tentativa mas tudo bem, cheguei na pontuação necessária: tirar 6 em todas as categorias (reading, listening, writing e speaking). No final de maio de 2010 eu recebi meu diploma do IELTS e dei por finalizada as etapas de juntar documentos. Estávamos prontos para mandar os documentos pra imigração. Na verdade ainda faltava traduzir os últimos documentos, dentre eles tudo o que pudesse comprovar minha experiência profissional como arquiteto autônomo (o que pode ser um problema no futuro), e mandar tudo pro DIAC.
Bom, este foi um resumo do que se passou durante este primeiro ano e meio de planejamento, na verdade tiveram outras coisas envolvidas, como as mudanças na regra de imigração, a crise mundial, etc., mas que no fim deu tudo certo. Espero que continue assim. Abraços.
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