sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ainda sobre o sistema de saúde

Como já tinha dito em outro post, aqui, a minha primeira experiência num hospital em Sydney não havia sido boa. Há algumas semanas, depois de uma queda estúpida que causou uma pequena fratura na costela, me vi tendo que ir novamente na emergência.

Dessa vez optei pelo Prince of Wales, no bairro Randwick. Que diferença! O hospital é enorme, engloba um centro infantil, maternidade, e a emergência para adultos. No quesito atendimento, foi até parecido com o do Royal Prince Alfred: vc chega, vai no balcão, preenche a ficha, informa o número do cartão do Medicare, senta. A enfermeira da triagem chama, faz um rápido exame de glicose, analisa seu caso e vc espera de novo. (no meu caso a enfermeira me passou um sermão porque eu não tinha tomado analgésico em casa, mesmo estando com dor. haha Ela: “como assim vc teve duas quedas feias - a segunda por causa de um desmaio causado pela dor forte -, tá com muita dor e não toma analgésico?” Eu: “ah, a dor está mal mas não insuportável.” Ela: “Mas vc nem está conseguindo respirar direito de dor! Vai tomar analgésico sim!” E me deu logo 4 comprimidos! Tive que tomar, mesmo contrariada... rs). Depois me levaram para o raio-x, mais espera e só depois a médica vem te atender. No total foram umas 2 horas, o que achei bem razoável. A médica era muito novinha, mas sempre consultava o chefe do plantão. Ainda veio uma enfermeira final conversar comigo, fazer mais exames, enfim, dessa vez fiquei bem satisfeita com o hospital.

Detalhe diferente do Brasil: alguns exames que fazem no hospital o resultado não sai na hora, então vc é encaminhado pra ir alguns dias depois no seu GP (o médico geral) pra pegar o resultado e fazer o “follow up” (acompanhamento) que eles chamam. Nem todos os casos precisa disso, mas dessa vez tive que ir pois em suspeita de fratura de costela eles sempre analisam a possibilidade de atingir outro órgão, dar uma infecção, etc. No meu caso não teve nada disso (quer dizer, só a infecção, mas isso eu ando meio desconfiada aqui, toda vez que vou no GP ele diz que tenho infecção e me manda tomar antibiótico, mesmo sem eu estar sentindo nada! Um dia vou começar a me negar a tomar esse troço... rs)

Isso eu ainda sinto um pouco de diferença pro Brasil, aqui vc não tem a mesma facilidade de ir no médico. No meu caso o antiinflamatório que me passaram no hospital me fez muito, mas muito mal, e fiquei meio sem saber a quem recorrer. Por sorte tinha esse acompanhamento com o GP e o consultei sobre trocar o remédio. Troquei, mas como o novo ele falou pra tomar no máximo por 3 dias, no restante das semanas de recuperação a saída foi agüentar a dor mesmo.

E vou parando por aqui antes que os três leitores do blog pensem que eu sou hipocondríaca e só falo de médico. Muito pelo contrário, odeio médico, hospital, não tomo remédio pra nada. Desde que cheguei na Austrália não peguei nem uma gripe, mas devo reconhecer que eu, que nunca quebrei um osso na vida, não ando tendo sorte nesse quesito aqui em down under... :-P

2 comentários:

  1. E eu que fui visitar o Brasil e voltei com dengue... comecei a ter os sintomas no meio da viagem. Mas eles me atenderam bem aqui, até sabiam o que era "dengue fever" hahaha

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    1. Putz, que droga! Bom, pensa pelo lado positivo, pelo menos a dengue não é transmissível pelo ar, se fosse gripe suína ou febre amarela corria o risco deles terem te segurado em quarentena no aeroporto... haha

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