sábado, 28 de dezembro de 2013

Wet'n'Wild Sydney

O escritório onde o Thiago trabalha tinha o Wet'n'Wild (aquele parque aquático conhecido, acho que dispensa maiores apresentações) como cliente. Assim, antes da abertura oficial do parque eles fizeram uma abertura para convidados e o Thiago entrou no sorteio de ingressos.

Pra meu azar ele ganhou os malditos ingressos... rs Explico: eu detesto parque aquático! Na verdade já nunca fui muito fa de piscina, tenho meio nojo daquela água parada onde as pessoas entram sujas, fazem xixi, e nem adianta me dizer que tem filtro e tal, porque pra mim continua nojento. Já me perguntaram porque eu tenho nojo de piscina e não do mar, mas acho que dispensa explicação, né? Olha o tamanho do mar e o da piscina! A água dilui muito mais no mar, tem as ondas que “limpam”, e tal. haha Se bem que se for aquelas praias de lagoa eu também tenho nojo, pra mim é igualzinho a piscina. Tá, doidera de gente com TOC, eu sei, mas fazer o que, eu não podia ser perfeita...

Voltando ao assunto, fui poucas vezes em parque aquático na vida, evitava sempre que podia. Depois dos 18 anos só me lembro de ter ido umas 3 vezes, 2 no Brasil por insistência dos amigos, e outra no próprio Wet'n'Wild, mas de Cancun, apenas porque era lá que tinha a atração com golfinhos mais barata. Tá, agora além de doida do TOC vcs devem estar me achando mão de vaca também...

Com esse prólogo, pode-se imaginar minha falta de animação com o ingresso pro Wet'n'Wild. Mas o Thiago estava tão animado que não tive coragem de vetar, apesar de ter tentado, então fomos lá.

Era um sábado de sol, só não digo que quente pois isso anda difícil aqui em Sydney. Pelo menos pros meus padrões cariocas, se for abaixo de 30 graus não ta valendo... rs Mas só de estar sol sem vento gelado já não podia reclamar. Como agora moramos em Sutherland, perguntei pro Thiago: “onde fica o parque?” No que ele responde que em Bankstown. Achei estranho pois esse bairro é bem perto do centro, e esses parques costumam ficar mais afastados, mas enfim, então sugeri de irmos comer no restaurante de uma amiga que fica num bairro ali perto. O Thiago já reclamou, claro, pois queria chegar no parque assim que abrisse pra ficar horas lá, o que eu tive que fazer uma séria objeção, também não dá pra abusar da minha boa vontade, né!

Enfim, foram 45 minutos de carro da nossa casa (agora no sul de Sydney) até o restaurante. Quando saímos de lá pedi ao Thiago o endereço certo pro GPS e quando fui ver no mapa não era em Bankstown, mas Blacktown! É como confundir a China com o Chile (aliás ele é mestre nisso, outro que ele adorava confundir era St Leonard com St Peters, um no norte e outro no sul/leste)... Resultado: mais uns 40km de onde estávamos! Reclamando xingando um pouco, lá fomos nós.

Por conta do maldito GPS e da minha ignorância em seguir as instruções demoramos quase 1 hora pra chegar no maldito parque. Chegamos já eram 3 horas e eu pensei, bom, como fecha as 5, a galera já deve ter ido embora, vai estar vazio, ficamos de patrões da piscina e vamos embora em breve: ótimo. O estacionamento estava vazio e achei mesmo que estava vazio.

Ao entrarmos, primeira decepção: não tinha mais armário disponível pra guardar as coisas, e com isso não podíamos ir nos brinquedos juntos pois alguém tinha que ficar com as tralhas coisas. Não que a essa altura eu ainda quisesse ir em algum brinquedo, pois as filas eram monumentais! Papo de pelo menos 30 minutos em cada. Como era possível? De onde surgiram aquelas pessoas todas??? Deve ter ido um ônibus de excursão desovar todo mundo ali, só pode...

Enquanto o Thiago foi reconhecer o terreno, eu sentei na grama numa das poucas sombras que achei para esperá-lo. Como meu marido me conhece bem, e sabendo que quando ele voltasse eu já estaria irritada e querendo embora, ele malandramente ao invés de só dar uma volta pra reconhecer terreno acabou indo nos tobogãs e me deixou mais de 1 hora praguejando esperando. Claro que quando ele voltou eu já estava irritada por ter ficado 1 hora sentada sem celular (que acabou a bateria nos primeiros 30 minutos) e sem a mínima vontade de ir nos tobogãs, seja pelo desanimo de pegar mais 1 hora de fila, seja pela quantidade de gente com pereba que vi passar na minha frente enquanto eu estava paguejando. Nojo, nojo, nojo... haha

Tirando toda a minha chatice, vamos aos fatos:

1) De todos os Wet'n'Wild que eu já fui esse me pareceu o melhor (eu sei, difícil acreditar depois do relato acima, mas é que eu sou chata e reclamona exigente mesmo). A área é grande, mas não gigante, então vc não anda horrores lá dentro.

2) Tem um gramado razoável na sombra, além de uma piscina com areia e vários guarda-sol ao redor de uma das maiores piscinas.

3) Tem a clássica piscina de onda (aquela tradicional e outra que promete uma experiência de surfe, essa última paga a parte), a das crianças com vários brinquedos, tobogãs interessantes, e mais um brinquedo que parece um bungee jumping, o SkyCoaster. Esse último não estava funcionando quando fomos e parece que se paga a parte do preço do parque.

4) O ingresso por 1 dia custa $69.99, mas se comprar o de temporada (que vale entradas ilimitadas até abril de 2014) sai a $124.99, o que acho que sai bem em conta.

5) Como de praxe lá dentro tem várias lanchonetes, o estacionamento é grande, o parque é bem organizado e com certeza o problema que tivemos com a falta de armário não vai existir num dia normal. Se bem que se vc for um velho rabugento como eu, vai se incomodar com a gritaria das crianças, com o cheiro de fritura das lanchonetes, etc.

6) A título de curiosidade, o que chama a atenção num parque aquático australiano para qualquer brasileiro são os trajes. Primeiro que raríssimas vezes vc vê um homem de sunga, é sempre short. (eu sei, nem todo lugar do Brasil os homens usam sungas, mas no Rio atualmente é praticamente a maioria); as mulheres se estão de biquini são aqueles grandes, quase uma fralda atrás. Digo “se estão” pois vi muitas de maio, ou algo no meio termo, como uma que vi com a parte de baixo tipo um sunkini e a parte de cima fechada e com manga longa! Mas nem aquele traje de praia árabe (tipo o desse link), era de manga longa mas com a parte de cima curta, tipo um traje de 2 pecas mesmo, esquisitíssimo (coloquei uma foto abaixo); muitas pessoas, principalmente os árabes e asiáticos vão de roupa mesmo, e nem é roupa de lycra, é de algodão mesmo e claro fica tudo encharcado. Pra arrematar ainda colocam um chapeu de pano! Não consigo entender... Claro, há também as mulheres muçulmanas que vão de hijab (aquele traje todo preto que cobre o corpo todo e o cabelo, só deixando o rosto de fora). Aliás, há um tempo atrás eu até via burqas totais aqui ou acolá, mas já faz muito tempo que não vejo. Já o hijab preto ou ao menos um véu cobrindo o cabelo + blusa de manga comprida e saia longa é cotidiano e dependendo do bairro até maioria.

Peguei na internet fotos de alguns dos modelitos que vi (parecidos, claro, pois não tirei foto no dia):







As fotos do parque em si tem no website deles, junto com mais informações sobre preços e atrações.

Resumindo: se vc gosta de parque aquático, é uma boa pedida. Senão, e se for fresco como eu pelo menos vai ser um passeio antropológico. :)

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