Outro curso que tive que fazer foi o de primeiros socorros. Na verdade o curso se chama “Apply First Aid”, que é o atual nome do curso de primeiros socorros básico.
O curso dura normalmente um dia todo (algumas empresas que dão esse curso fazem em 2 dias). O meu eu fiz com a Australia Wide First Aid, basicamente porque foi o mais barato que eu encontrei. rs Dependendo da empresa, esse curso pode custar entre $75-$150.
É um curso de primeiros socorros básicos, mas como eu nunca tinha feito nada parecido achei o máximo e super completo. Cobre mil assuntos, sendo que o dia é dividido mais ou menos assim: a parte da manhã para CPR (cardiopulmonary resuscitation) e a parte da tarde para primeiros socorros variados.
Não sei se alguém já fez curso de CPR (no Brasil eu nunca vi essa exigência, enquanto aqui todos os profissionais de saúde, de escolas/creches, lar de idosos, fisioterapeutas, policiais, seguranças, etc, tem que fazer), mas é mais difícil do que parece. No curso vc faz num boneco que reproduz a força que vc teria que usar numa situação real. Pra te ajudar a saber se vc está fazendo certo, o boneco faz um clic quando vc pressiona com a força necessária (o que eu rapidamente percebi que era bastante – já ouviram a frase “melhor quebrar a costela da vítima do que não fazer o CPR direito”? Pois é, tenso...). Em 2 minutos de CPR eu já estava suando... Imagino numa situação real, onde a rigor vc tem que fazer até o socorro chegar, o que pode demorar 30 minutos! Tudo bem que dizem que na hora, por conta da adrenalina, vc adquire mais força, eu sinceramente espero nunca ter que descobrir.
Curioso é que vc aprende não só a fazer CPR como a usar um desfibrilador (by the way, essa palavra é um completo trava língua pra mim em inglês – defibrillator – de tanto me enrolar já desisti e falo defib – seu apelido carinhoso... rs). E eu que achava que só profissional de saúde podia usar isso... Mas não, qualquer um com curso de primeiros socorros pode usar, e tem aparelho espalhado por tudo que é lugar (em academias, nas grandes estações de trem, nos estádios de futebol, etc). O desfibrilador em si é portátil e simples de usar, ele vai falando com vc e dando os comandos, inclusive o “afaste-se” pra hora da descarga elétrica. O problema é se vc não conseguir ouvi-lo... Como a história que me contaram no St John de um dia em que foram socorrer uma vítima num show de música e os paramédicos tiveram que fazer o CPR na beira do palco, sem que o cantor parasse o show, ou seja, com a musica tão alta que era impossível ouvir o aparelho desfibrilador.
Detalhe que pra vc receber o certificado tem que passar numa prova que eles dão no final. Tem tanto uma prova prática (de CPR) quanto uma múltipla escolha de primeiros socorros. Como todo curso desse tipo, é quase impossível vc ser reprovado. Na prova escrita se vc errar alguma questão o instrutor te explica de novo e manda vc refazer até acertar. Até porque eles já levam o certificado pronto pra te dar no final, então acho quase impossível alguém ser reprovado.
Ah, tem só mais um detalhe importante: segundo a instrutora que deu o curso, as leis sobre First Aid estão pra mudar esse ano, e com a mudança só vai receber o certificado quem fizer CPR por no mínimo 5 minutos ininterruptos, no chão. Parece fácil, mas não é, a forca que vc tem que usar é grande e o fato de ser no chão já exclui muita gente (na minha turma mesmo tiveram 2 mulheres que pediram pra fazer com o boneco em cima da mesa por conta de problema na coluna).
Agora o mais tenso é fazer o CPR em bebe... Tem um boneco pra isso no curso também, dá um nervoso danado... Fora as recomendações de que não pode assoprar muito forte na boca pra não estourar os pulmões. Recentemente teve um caso de CPR feito em bebe no meio da rua, nos EUA, as fotos rodaram o mundo. Quem não viu, esse é o link da matéria com as fotos.
Além do CPR, o curso engloba vários outros assuntos, como:
- ataques de asma: como usar uma bombinha para dilatação dos brônquios. Curiosidade: aqui essas bombinhas podem estar no kit de primeiros socorros, mesmo que a pessoa que está sofrendo o ataque não tenha/use uma.
- choque anafilático: como administrar uma EPI pen (aquelas canetas com adrenalina pro caso de reação alérgica grave). Fico impressionada como as crianças são alérgicas aqui! Outro dia saiu uma notícia de uma menina que teve uma reação alérgica porque estava brincando com outra criança que tinha comido pão com pasta de amendoim no almoço horas antes!
No curso contaram a história de uma creche em que uma menina ia sempre com sua canetinha de adrenalina por ter uma severa alergia. Aí um dia outra criança, um menino (que até então não se sabia ser alérgica) teve uma reação severa e no desespero a professora usou a caneta da menina no menininho, salvando a vida dele. Eis que alguns minutos depois a menina também teve uma crise, e já não se tinha mais a caneta, pelo que ela acabou morrendo. Claro que os pais processaram a creche, mas fico imaginando o que eu faria na situação da professora... Deixava o menino que teve a primeira crise morrer? Parece que em breve haverá uma lei obrigando as creches/escolas a terem canetas sobressalentes para emergências.
- como tratar cortes, hemorragias e amputações: dentre outros, não fazer torniquete no membro, não colocar membro amputado no gelo sem antes embalar num saco vedado, etc.
- como tratar picadas de cobras, aranhas, águas-vivas: e não, não é pra tentar tirar o veneno, e dependendo do bicho que picou tem instruções diferentes quanto a cobrir ou não, colocar algo como vinagre ou não, etc. Na prática eu sequer sei diferenciar uma aranha da outra, quanto mais me lembrar da orientação pra cada uma.
- queimaduras: não aplicar nada em cima, apenas água fria corrente por 20 minutos.
- 1001 formas de se fazer um torniquete (aqui chamado de sling).
E mais umas trocentas mil coisas que me deixam tensa só de pensar em um dia ter que usar na prática.
Eles falam também da "Good Samaritan Law” (http://en.wikipedia.org/wiki/Good_Samaritan_law), uma lei que protege o leigo que presta primeiros socorros contra processos por unintentional injury or wrongful death (tipo quebrar a costela de alguém ao praticar CPR). O wikipedia explica e compara a lei em diversos paises.
Esse curso tem validade de 3 anos (sendo 1 ano para CPR) e decorrido o prazo vc tem que refazê-lo. Parece bobagem e extorsão de dinheiro, mas na verdade é necessário para se atualizar nas constantes mudanças de diretrizes. Os procedimentos de CPR e como tratar hemorragia nasal, por exemplo, foram reformulados no ano passado e agora orientações diferentes são indicadas.
Resumo da ópera: bem interessante ter todo esse conhecimento, e acho que todo mundo devia fazer esse curso, mas eu espero sinceramente nunca ter que usar nada do que aprendi.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Working with children check/Police check
Como eu disse no post anterior, na maioria dos trabalhos voluntários o interessado tem que ao menos preencher uma ficha cadastral com seus dados e passar por um treinamento básico.
Só que quando o trabalho envolve de alguma forma contato com crianças e adolescentes, as exigências ficam maiores. A Austrália tem leis super rigorosas para qualquer empresa que trabalhe com crianças, e dizem que não é fácil abrir uma childcare (creche) pela quantidade de exigência legal. Por um lado isso é ótimo, claro, por dar uma proteção maior ao menor de idade, mas por outro causa alguns transtornos como a discussão que se trava no país em razão da escassez de creches e pré-escolas, obrigando a maioria das mães (ou pais) a parar de trabalhar para cuidar dos filhos nos primeiros anos de vida. Mas isso é assunto pra outro post...
Voltando ao assunto da burocracia: se o trabalho voluntário envolver qualquer tipo de contato com menores de 18 anos, pode contar que vc vai ter que obter tanto o Working with children check quanto o Police check. (P.S.: Pode ser que outros tipos de trabalhos tenham essa exigência, se não me engano voluntariado envolvendo idosos e deficientes também exigem o Police check).
O Police check, como o próprio nome já diz, é um documento da Polícia com seu histórico criminal (ou a ausência dele). Ele é pedido não só em alguns trabalhos voluntários, como também em alguns remunerados também, além de todas as vagas para o serviço público (que aqui também não funciona como o funcionalismo público do Brasil, mas isso também é assunto pra outro post).
Normalmente quem dá entrada nesse Police check, ao menos no caso de trabalho voluntário, é a organização pra qual vc vai trabalhar, pois ele é pago. Esse Police check pode ser, ainda, estadual ou nacional. No site do governo australiano tem todas as informações, bem didático.
No voluntariado que eu estou fazendo tive que preencher o formulário requisitando o Police check, que é chatíssimo de preencher! São 4 páginas de dados que vc tem que fornecer, além do 100-Points ID (explicação sobre o que é isso aqui), sendo que num dos itens do questionário pede pra vc listar TODOS os endereços onde residiu nos últimos 5 anos. Bom, só na Austrália eu já morei em 4 lugares diferentes, então imagina meu drama... rs Claro que não coube na folha e tive que continuar numa folha avulsa, que vc assina, data e anexa ao formulário. Sacal...
O outro documento que tive que tirar é o Working with children check, que nada mais é do que um documento do governo atestando que não tem nada de desabonador contra a sua pessoa que te impeça de trabalhar com crianças e adolescentes.
Esse é gratuito para quem vai fazer trabalho voluntário (se for para emprego remunerado, a taxa é $80) e vc mesmo tira online. Basta ir no site que coloquei acima, preencher o formulário e o governo processa o pedido. A parte sacal é que vc faz online, mas tem que ir no RTA (tipo o Detran daqui) pra confirmar sua identidade. Ou seja, levar seu documento pessoal com foto (seja passaporte ou carteira de motorista) e mostrar que vc é vc. Juro que ainda não me acostumei com isso... Fazendo essa prova de identidade, o Working with children check sai rápido, o meu saiu em horas. Ah, mas eles avisam que se vc tiver um nome comum (tipo John Smith) pode demorar até 4 semanas pra sair o resultado pois a base de dados é maior, o que claro que não é o meu caso, com 4 sobrenomes.... haha
O resultado do Working with children check vc recebe por email, que vc imprime e leva na instituição que vc vai prestar o serviço. Com esse papel eles podem entrar online e acessar/checar o seu resultado.
Pelo que eu entendi, a rigor uma condenação criminal não te reprova no Working with children check, depende do que se trata a condenação. A título de curiosidade (Child Protection (Working with Children) Act 2012 No 51 – advogado é foda, eu sei, adora ler uma lei...rs), eis o teor da lei:
Disqualifying offences
1 Specified offences
(1) The following offences are specified:
(a) murder of a child,
(b) manslaughter of a child (other than as a result of a motor vehicle accident),
(c) an offence involving intentional wounding or causing grievous bodily harm to a child by an adult who is more than 3 years older than the victim,
(d) an offence under section 61B, 61C, 61D, 61E or 61F of the Crimes Act 1900,
(e) an offence under section 61I, 61J, 61JA, 61K, 61L, 61M, 61N, 61O or 61P of the Crimes Act 1900,
(f) the common law offence of rape or attempted rape,
(g) an offence under section 65A or 66 of the Crimes Act 1900,
(h) an offence under section 66A, 66B, 66C, 66D, 66EA, 66EB, 66F or 73 of the Crimes Act 1900,
(i) an offence under section 67, 68, 71, 72, 73 (before its substitution by the Crimes Amendment (Sexual Offences) Act 2003), 74 or 76 of the Crimes Act 1900,
(j) an offence under section 78A, 78B or 79 of the Crimes Act 1900,
(k) an offence under section 78H, 78I, 78K, 78L, 78N, 78O, 78Q or 81 of the Crimes Act 1900,
(l) an offence under section 80A, 80D or 80E of the Crimes Act 1900,
(m) an offence under section 86 of the Crimes Act 1900 where the person against whom the offence is committed is a child, except where the person found guilty of the offence was, when the offence was committed or at some earlier time, a parent or carer of the child,
(n) an offence under section 91D, 91E, 91F, 91G or 91H of the Crimes Act 1900 (other than an offence committed by a child prostitute),
(o) an offence under section 42 or 43 of the Crimes Act 1900,
(p) an offence under section 91J, 91K or 91L of the Crimes Act 1900,
(q) an offence under section 21G of the Summary Offences Act 1988 or section 91M of the Crimes Act 1900where the person intended to be observed or filmed was a child,
(r) an offence against section 272.8, 272.10 (if it relates to an underlying offence against section 272.8) or 272.11 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(s) an offence against section 272.9, 272.10 (if it relates to an underlying offence against section 272.9), 272.14 or 272.15 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(t) an offence against section 272.18, 272.19 or 272.20 of the Criminal Code of the Commonwealth if it relates to another offence listed in this Schedule,
(u) an offence against section 270.6A or 270.7 of the Criminal Code of the Commonwealth where the person against whom the offence is committed is a child,
(v) an offence against section 233BAB of the Customs Act 1901 of the Commonwealth involving items of child pornography or of child abuse material,
(w) an offence against section 471.16, 471.17, 471.19, 471.20 or 471.22 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(x) an offence against section 471.24, 471.25 or 471.26 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(y) an offence under section 91H, 578B or 578C (2A) of the Crimes Act 1900,
(z) an offence under a law other than a law of New South Wales that, if committed in New South Wales, would be an offence listed in this clause,
(aa) an offence an element of which is an intention to commit an offence of a kind listed in this clause,
(ab) an offence of attempting, or of conspiracy or incitement, to commit an offence of a kind listed in this clause.
(2) This clause applies to convictions or proceedings for offences whether occurring before, on or after the commencement of this clause.
No site que eu indiquei acima tem mil outras informações e fact sheet pra quem for trabalhar com crianças e adolescentes. Lembrando que em muitos lugares vc também é obrigado a fazer um curso de “child protection”, o que é o meu caso e devo fazer o curso daqui a algumas semanas.
Aproveitando o tema, se alguém tiver curiosidade, tem um programa bem interessante do governo australiano chamado “Keep them safe” que tem como objetivo conscientizar tanto as famílias como a sociedade como um todo da necessidade de se melhorar a segurança, bem estar social e individual das crianças e adolescentes. Eles tem um site bem interessante sobre as políticas públicas que vem sendo implementadas sobre o assunto.
Como vcs podem ver, algumas coisas tem bastante burocracia por aqui, mas num sentido bom eu acho, pois são formas de proteção as pessoas em situação de desvantagem que são atendidas por essas organizações (sejam elas crianças, adolescentes, deficientes, idosos, etc).
Só que quando o trabalho envolve de alguma forma contato com crianças e adolescentes, as exigências ficam maiores. A Austrália tem leis super rigorosas para qualquer empresa que trabalhe com crianças, e dizem que não é fácil abrir uma childcare (creche) pela quantidade de exigência legal. Por um lado isso é ótimo, claro, por dar uma proteção maior ao menor de idade, mas por outro causa alguns transtornos como a discussão que se trava no país em razão da escassez de creches e pré-escolas, obrigando a maioria das mães (ou pais) a parar de trabalhar para cuidar dos filhos nos primeiros anos de vida. Mas isso é assunto pra outro post...
Voltando ao assunto da burocracia: se o trabalho voluntário envolver qualquer tipo de contato com menores de 18 anos, pode contar que vc vai ter que obter tanto o Working with children check quanto o Police check. (P.S.: Pode ser que outros tipos de trabalhos tenham essa exigência, se não me engano voluntariado envolvendo idosos e deficientes também exigem o Police check).
O Police check, como o próprio nome já diz, é um documento da Polícia com seu histórico criminal (ou a ausência dele). Ele é pedido não só em alguns trabalhos voluntários, como também em alguns remunerados também, além de todas as vagas para o serviço público (que aqui também não funciona como o funcionalismo público do Brasil, mas isso também é assunto pra outro post).
Normalmente quem dá entrada nesse Police check, ao menos no caso de trabalho voluntário, é a organização pra qual vc vai trabalhar, pois ele é pago. Esse Police check pode ser, ainda, estadual ou nacional. No site do governo australiano tem todas as informações, bem didático.
No voluntariado que eu estou fazendo tive que preencher o formulário requisitando o Police check, que é chatíssimo de preencher! São 4 páginas de dados que vc tem que fornecer, além do 100-Points ID (explicação sobre o que é isso aqui), sendo que num dos itens do questionário pede pra vc listar TODOS os endereços onde residiu nos últimos 5 anos. Bom, só na Austrália eu já morei em 4 lugares diferentes, então imagina meu drama... rs Claro que não coube na folha e tive que continuar numa folha avulsa, que vc assina, data e anexa ao formulário. Sacal...
O outro documento que tive que tirar é o Working with children check, que nada mais é do que um documento do governo atestando que não tem nada de desabonador contra a sua pessoa que te impeça de trabalhar com crianças e adolescentes.
Esse é gratuito para quem vai fazer trabalho voluntário (se for para emprego remunerado, a taxa é $80) e vc mesmo tira online. Basta ir no site que coloquei acima, preencher o formulário e o governo processa o pedido. A parte sacal é que vc faz online, mas tem que ir no RTA (tipo o Detran daqui) pra confirmar sua identidade. Ou seja, levar seu documento pessoal com foto (seja passaporte ou carteira de motorista) e mostrar que vc é vc. Juro que ainda não me acostumei com isso... Fazendo essa prova de identidade, o Working with children check sai rápido, o meu saiu em horas. Ah, mas eles avisam que se vc tiver um nome comum (tipo John Smith) pode demorar até 4 semanas pra sair o resultado pois a base de dados é maior, o que claro que não é o meu caso, com 4 sobrenomes.... haha
O resultado do Working with children check vc recebe por email, que vc imprime e leva na instituição que vc vai prestar o serviço. Com esse papel eles podem entrar online e acessar/checar o seu resultado.
Pelo que eu entendi, a rigor uma condenação criminal não te reprova no Working with children check, depende do que se trata a condenação. A título de curiosidade (Child Protection (Working with Children) Act 2012 No 51 – advogado é foda, eu sei, adora ler uma lei...rs), eis o teor da lei:
Disqualifying offences
1 Specified offences
(1) The following offences are specified:
(a) murder of a child,
(b) manslaughter of a child (other than as a result of a motor vehicle accident),
(c) an offence involving intentional wounding or causing grievous bodily harm to a child by an adult who is more than 3 years older than the victim,
(d) an offence under section 61B, 61C, 61D, 61E or 61F of the Crimes Act 1900,
(e) an offence under section 61I, 61J, 61JA, 61K, 61L, 61M, 61N, 61O or 61P of the Crimes Act 1900,
(f) the common law offence of rape or attempted rape,
(g) an offence under section 65A or 66 of the Crimes Act 1900,
(h) an offence under section 66A, 66B, 66C, 66D, 66EA, 66EB, 66F or 73 of the Crimes Act 1900,
(i) an offence under section 67, 68, 71, 72, 73 (before its substitution by the Crimes Amendment (Sexual Offences) Act 2003), 74 or 76 of the Crimes Act 1900,
(j) an offence under section 78A, 78B or 79 of the Crimes Act 1900,
(k) an offence under section 78H, 78I, 78K, 78L, 78N, 78O, 78Q or 81 of the Crimes Act 1900,
(l) an offence under section 80A, 80D or 80E of the Crimes Act 1900,
(m) an offence under section 86 of the Crimes Act 1900 where the person against whom the offence is committed is a child, except where the person found guilty of the offence was, when the offence was committed or at some earlier time, a parent or carer of the child,
(n) an offence under section 91D, 91E, 91F, 91G or 91H of the Crimes Act 1900 (other than an offence committed by a child prostitute),
(o) an offence under section 42 or 43 of the Crimes Act 1900,
(p) an offence under section 91J, 91K or 91L of the Crimes Act 1900,
(q) an offence under section 21G of the Summary Offences Act 1988 or section 91M of the Crimes Act 1900where the person intended to be observed or filmed was a child,
(r) an offence against section 272.8, 272.10 (if it relates to an underlying offence against section 272.8) or 272.11 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(s) an offence against section 272.9, 272.10 (if it relates to an underlying offence against section 272.9), 272.14 or 272.15 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(t) an offence against section 272.18, 272.19 or 272.20 of the Criminal Code of the Commonwealth if it relates to another offence listed in this Schedule,
(u) an offence against section 270.6A or 270.7 of the Criminal Code of the Commonwealth where the person against whom the offence is committed is a child,
(v) an offence against section 233BAB of the Customs Act 1901 of the Commonwealth involving items of child pornography or of child abuse material,
(w) an offence against section 471.16, 471.17, 471.19, 471.20 or 471.22 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(x) an offence against section 471.24, 471.25 or 471.26 of the Criminal Code of the Commonwealth,
(y) an offence under section 91H, 578B or 578C (2A) of the Crimes Act 1900,
(z) an offence under a law other than a law of New South Wales that, if committed in New South Wales, would be an offence listed in this clause,
(aa) an offence an element of which is an intention to commit an offence of a kind listed in this clause,
(ab) an offence of attempting, or of conspiracy or incitement, to commit an offence of a kind listed in this clause.
(2) This clause applies to convictions or proceedings for offences whether occurring before, on or after the commencement of this clause.
No site que eu indiquei acima tem mil outras informações e fact sheet pra quem for trabalhar com crianças e adolescentes. Lembrando que em muitos lugares vc também é obrigado a fazer um curso de “child protection”, o que é o meu caso e devo fazer o curso daqui a algumas semanas.
Aproveitando o tema, se alguém tiver curiosidade, tem um programa bem interessante do governo australiano chamado “Keep them safe” que tem como objetivo conscientizar tanto as famílias como a sociedade como um todo da necessidade de se melhorar a segurança, bem estar social e individual das crianças e adolescentes. Eles tem um site bem interessante sobre as políticas públicas que vem sendo implementadas sobre o assunto.
Como vcs podem ver, algumas coisas tem bastante burocracia por aqui, mas num sentido bom eu acho, pois são formas de proteção as pessoas em situação de desvantagem que são atendidas por essas organizações (sejam elas crianças, adolescentes, deficientes, idosos, etc).
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Voluntariado na Australia
Eis que resolvi retomar com o trabalho voluntário aqui na Austrália. Já tinha feito uma vez no ano em que cheguei aqui, 2 em eventos específicos no Mardi Gras e outro mais longo, por 3 meses, em que eu ficava no saguão do fórum dando informação para as pessoas sobre as audiências. Mas aí comecei a fazer curso, depois consegui emprego no escritório que estou, e não deu mais tempo de fazer.
Agora, em parte por conta do novo curso que estou fazendo, em parte porque sempre gostei de fazer trabalho voluntário, resolvi retomar.
Primeiro devo esclarecer que achar um trabalho voluntário não é tarefa tão fácil como parece. Muitos fazem uma série de exigências, uma triagem inicial com entrevista, ou tem requisitos específicos (tipo ter carteira de motorista). E praticamente todos dão um treinamento antes de vc realmente começar o trabalho.
O primeiro passo para ser um voluntário é achar um. Os melhores sites na minha opinião para isso são o Seek Volunteer, o Fido, ou o GoVolunteer, mas na minha experiência eles costumam mostrar as mesmas vagas. Vc pode selecionar por área de atuação, por bairro, por tempo de comprometimento exigido, etc. Esse site aqui também tem bastante informação sobre o voluntariado na Austrália, incluindo um passo-a-passo.
Escolhido o trabalho, vc aplica online normalmente pro próprio Seek, onde eles fazem uma triagem e depois te passam o contato do responsável na organização que vc escolheu. Mas as vezes o contato já é direto com a organização.
Tem muitas vagas, mas é fácil notar que algumas áreas da cidade são mais carentes de voluntários que outras. As áreas mais pobres, principalmente no oeste, são as que normalmente tem mais ofertas.
Detalhe importante: voluntariado é muito difundido na sociedade australiana, e pega muito bem no currículo. Além de ser uma excelente oportunidade de vc desenvolver novas habilidades, se envolver com sua comunidade (bairro), treinar o inglês.
No meu caso, como eu trabalho full time, tive que buscar algum que fosse a noite e/ou fim de semana. E na mesma semana que comecei a buscar o St John estava anunciando que precisava de mais voluntários.
Pra quem não conhece, o St John Ambulance é uma organização mundial que presta serviços de primeiros socorros. Como eles descrevem no site da organização: “Active in Australia for over 130 years, St John Ambulance Australia is a self-funding, charitable organisation active in all States and Territories, dedicated to helping people in sickness, distress, suffering or danger. Providing services to a broad scope of the community, St John Ambulance Australia is the country's leading supplier of first aid services and training.”
Aqui em Sydney eles se dividem em divisões espalhadas por diversas áreas (South, North, West, etc). A mais próxima de mim é a do sul, cujas reuniões/treinamentos ocorrem no bairro de Woolooware. E funciona um pouco como os escoteiros, no sentido de ter hierarquia, uniformes, broches. A medida que eu for me envolvendo mais conto mais detalhes.
O trabalho dos voluntários consiste em basicamente prestar atendimento de primeiros socorros em eventos espalhados pela cidade, mas existem outras áreas de atuação deles no atendimento a comunidade.
É um voluntariado de longa duração, que eles chamam, pois pedem comprometimento de pelo menos 1 ano. E realmente não tinha como ser menos, pois o treinamento que vc passa até poder estar apto pra realmente atuar nos eventos é longo e demora no mínimo 3 a 6 meses.
Ainda estou no primeiro mês, preenchendo a papelada (imensa!) e participando das reuniões que ocorrem toda terça-feira a noite e duram 2 horas. Quando estiver apta a atuar nos eventos, eles pedem uma disponibilidade de pelo menos um fim de semana por mês pra cobrir as escalas nos eventos, mas tem gente que faz bem mais que isso. Existem desde eventos pequenos, como uma feira escolar até eventos imensos como o City to Gong, uma maratona de bicicleta que vai do centro de Sydney até a cidade de Wollongong, que fica 80km ao sul de Sydney, e mobiliza um aparato enorme de profissionais, dentre médicos, enfermeiros, policiais, agentes de transito, paramédicos, voluntários.
Por enquanto posso dizer que está sendo um desafio imenso, porque todos falam imensamente rápido nas reuniões e com muitos termos técnicos/médicos que me deixam tonta. Por mais que eu até considere o meu inglês bom, meu vocabulário está longe de ser tão vasto, ainda mais na área de saúde. Fora a bruxa que coordena os voluntários que me dá nos nervos. Confesso que algumas semanas eu pensei em desistir, mas não é do meu feitio desistir de desafios. :)
Ainda fico mega tensa só de pensar em atuar sozinha num evento e ter que fazer um atendimento de emergência, mas tento não pensar nisso, um dia de cada vez. rs Fora que se todo mundo ali conseguiu, porque eu não conseguiria? Se bem que alguns dos voluntários são enfermeiros, então já saem na vantagem...
Pra esse post não ficar muito longo, vou deixar pros próximos a sabatina de documentos que muitos voluntariados pedem e o curso de primeiros socorros que tive que fazer. Aguardem as cenas do próximo capítulo. :)
Agora, em parte por conta do novo curso que estou fazendo, em parte porque sempre gostei de fazer trabalho voluntário, resolvi retomar.
Primeiro devo esclarecer que achar um trabalho voluntário não é tarefa tão fácil como parece. Muitos fazem uma série de exigências, uma triagem inicial com entrevista, ou tem requisitos específicos (tipo ter carteira de motorista). E praticamente todos dão um treinamento antes de vc realmente começar o trabalho.
O primeiro passo para ser um voluntário é achar um. Os melhores sites na minha opinião para isso são o Seek Volunteer, o Fido, ou o GoVolunteer, mas na minha experiência eles costumam mostrar as mesmas vagas. Vc pode selecionar por área de atuação, por bairro, por tempo de comprometimento exigido, etc. Esse site aqui também tem bastante informação sobre o voluntariado na Austrália, incluindo um passo-a-passo.
Escolhido o trabalho, vc aplica online normalmente pro próprio Seek, onde eles fazem uma triagem e depois te passam o contato do responsável na organização que vc escolheu. Mas as vezes o contato já é direto com a organização.
Tem muitas vagas, mas é fácil notar que algumas áreas da cidade são mais carentes de voluntários que outras. As áreas mais pobres, principalmente no oeste, são as que normalmente tem mais ofertas.
Detalhe importante: voluntariado é muito difundido na sociedade australiana, e pega muito bem no currículo. Além de ser uma excelente oportunidade de vc desenvolver novas habilidades, se envolver com sua comunidade (bairro), treinar o inglês.
No meu caso, como eu trabalho full time, tive que buscar algum que fosse a noite e/ou fim de semana. E na mesma semana que comecei a buscar o St John estava anunciando que precisava de mais voluntários.
Pra quem não conhece, o St John Ambulance é uma organização mundial que presta serviços de primeiros socorros. Como eles descrevem no site da organização: “Active in Australia for over 130 years, St John Ambulance Australia is a self-funding, charitable organisation active in all States and Territories, dedicated to helping people in sickness, distress, suffering or danger. Providing services to a broad scope of the community, St John Ambulance Australia is the country's leading supplier of first aid services and training.”
Aqui em Sydney eles se dividem em divisões espalhadas por diversas áreas (South, North, West, etc). A mais próxima de mim é a do sul, cujas reuniões/treinamentos ocorrem no bairro de Woolooware. E funciona um pouco como os escoteiros, no sentido de ter hierarquia, uniformes, broches. A medida que eu for me envolvendo mais conto mais detalhes.
O trabalho dos voluntários consiste em basicamente prestar atendimento de primeiros socorros em eventos espalhados pela cidade, mas existem outras áreas de atuação deles no atendimento a comunidade.
É um voluntariado de longa duração, que eles chamam, pois pedem comprometimento de pelo menos 1 ano. E realmente não tinha como ser menos, pois o treinamento que vc passa até poder estar apto pra realmente atuar nos eventos é longo e demora no mínimo 3 a 6 meses.
Ainda estou no primeiro mês, preenchendo a papelada (imensa!) e participando das reuniões que ocorrem toda terça-feira a noite e duram 2 horas. Quando estiver apta a atuar nos eventos, eles pedem uma disponibilidade de pelo menos um fim de semana por mês pra cobrir as escalas nos eventos, mas tem gente que faz bem mais que isso. Existem desde eventos pequenos, como uma feira escolar até eventos imensos como o City to Gong, uma maratona de bicicleta que vai do centro de Sydney até a cidade de Wollongong, que fica 80km ao sul de Sydney, e mobiliza um aparato enorme de profissionais, dentre médicos, enfermeiros, policiais, agentes de transito, paramédicos, voluntários.
Por enquanto posso dizer que está sendo um desafio imenso, porque todos falam imensamente rápido nas reuniões e com muitos termos técnicos/médicos que me deixam tonta. Por mais que eu até considere o meu inglês bom, meu vocabulário está longe de ser tão vasto, ainda mais na área de saúde. Fora a bruxa que coordena os voluntários que me dá nos nervos. Confesso que algumas semanas eu pensei em desistir, mas não é do meu feitio desistir de desafios. :)
Ainda fico mega tensa só de pensar em atuar sozinha num evento e ter que fazer um atendimento de emergência, mas tento não pensar nisso, um dia de cada vez. rs Fora que se todo mundo ali conseguiu, porque eu não conseguiria? Se bem que alguns dos voluntários são enfermeiros, então já saem na vantagem...
Pra esse post não ficar muito longo, vou deixar pros próximos a sabatina de documentos que muitos voluntariados pedem e o curso de primeiros socorros que tive que fazer. Aguardem as cenas do próximo capítulo. :)
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Aviso aos leitores (2)
Eu tento, de verdade, ajudar todo mundo que tem o sonho de vir morar na Austrália. Acho uma experiência incrível mas ao mesmo tempo muito difícil, e só quem veio sabe os percalços com que nos deparamos, principalmente no início. Eu mesma passei um primeiro ano infernal e senti falta de uma ajuda em muitos momentos. Por esse motivo comecei a escrever no blog, pra tentar ajudar outras pessoas que estão começando nessa jornada.
Nesses 2 anos de Austrália conheci dezenas de pessoas incríveis pelo blog, muitas encontrei pessoalmente e algumas até viraram amigos. Esse retorno, e saber que de alguma forma minhas postagens ajudam outras pessoas é extremamente gratificante.
Por outro lado, como todo blogueiro acabo atraindo muita gente sem noção também, muita gente mal agradecida, e gente mal educada mesmo. (p.s.: isso de forma alguma é uma indireta relacionada com os últimos emails/mensagens que recebi, na verdade o que me motivou a escrever foi um post que li num outro blog de brasileiro vivendo no exterior e fazia tempo que eu queria escrever um post sobre isso)
Eu NUNCA, em tempo algum, ignorei um email ou mensagem no blog que recebi pedindo ajuda. Respondo a todos, mesmo os sem noção, com perguntas genéricas ou os que me irritam profundamente na primeira linha (já explico o que me irrita). E de certa forma respondo até rápido, pois eu detesto deixar pra depois o que posso fazer hoje. Procrastinação definitivamente não é uma das minhas características. Como também não é dizer que estou sem tempo, pois sempre fui da teoria que falta de tempo é uma desculpa que na verdade quer dizer falta de interesse.
Enfim, sempre respondi os emails e tento sinceramente responder da melhor forma possível, sem achismos e desinformação. Só que as vezes confesso que me cansa ser tão solícita e ter que aturar certos emails que me irritam, sendo o principal deles aquele que te escreve achando que vc é serviçal do remetente e sequer agradece depois. Juro, já recebi email que vinha no título: URGENTE e no corpo do email algo como “preciso de informação sobre isso, isso e isso”. Fora um outro surreal que o Thiago recebeu uma vez dizendo: “meu filho (?!?!?) quer se mudar pra Austrália como arquiteto, me diz o que ele tem que fazer pra conseguir o visto”. Dispensa comentários, né?
Outros exemplos que recebo:
1) “Como faço pra aplicar pra residência sendo da profissão x, y ou z?”
Por mais que eu queira ajudar, a verdade é que não sei praticamente nada sobre outras profissões. E mesmo a do Thiago, arquiteto, é complicado responder pois não tenho informações atuais. Tudo que o Thiago fez pra validar a profissão ele escreveu no blog, é só ver os posts mais antigos.
Já pra profissão de advogado, tudo o que eu sabia já postei aqui. Infelizmente não sei mais detalhes, não fiz o processo de validação e sequer tenho contato com o direito aqui. Isso porque, apesar de trabalhar num escritório de advocacia, meu escritório não pratica o direito australiano. Então não tenho contato com advogados australianos, não sei como é o mercado, não posso indicar advogado (uma vez me pediram um advogado de família pra indicar, pra tratar de um divórcio) ou muito menos indicar alguém pra vaga alguma.
2) “Como é a vida na Austrália?”
Como eu devia responder isso??? To aceitando sugestões... Pra começar que eu não morei em toda cidade/estado da Austrália, então no máximo posso falar de Sydney. Fora que responder a esse tipo de pergunta demandaria escrever um livro em forma de email. Eu sou prolixa, admito, mas nem tanto...rs
3) “Li as informações x, y ou z nos sites que vc indicou, mas não entendo muito bem inglês, vc podia me explicar em português?”
Really???? Desculpe, mas se a pessoa não sabe inglês, primeiro tem que aprender se quer aplicar pra uma imigração qualificada. E nem vale a desculpa de que não tem como aprender no Brasil, pois quando pensamos em nos mudar pra Austrália o Thiago falava quase zero de inglês e em menos de um ano de estudo conseguiu tirar a nota mínima do IELTS. Ah, e foi ele quem pesquisou TUDO e aplicou sozinho pro nosso visto, sem ajuda profissional (como agente de imigração). Claro que demandou muita pesquisa, muito foco, muito esforço, mas não é nada sobrenatural ou que qualquer um não possa fazer se se esforçar.
Agora, se a pessoa sequer tem o interesse em ler, aprender, pesquisar (muito), como pode querer imigrar como residente pra outro país???
4) “Qual é o custo de vida na cidade x, y ou z?” ou as variantes: “Como é pra achar apartamento nas cidades x, y ou z?”, “Qual a melhor cidade pra se morar?”.
De novo: eu moro e sempre morei em Sydney (e já escrevi sobre o custo de vida em outro post), não tenho noção de como seja morar em outras cidades. Custo de vida dizem que é mais alto em Sydney, seguido por Melbourne, Brisbane e Perth. Mas não sei mais do que achismo e de ouvir dizer.
Quanto a melhor cidade pra se morar, claro que eu acho Sydney, né, já que escolhi vir pra cá. Mas isso é uma escolha tão pessoal... Tem quem ame a tranqüilidade de Perth, ou o frio de Melbourne (cruzes! rs), ou o aconchego quentinho de Brisbane (minha segunda opção, por sinal). Meu conselho: antes de tomar uma decisão tão definitiva quanto se mudar pra outro país, venha de férias pra Austrália e vá conhecer as principais cidades. Dá pra ter uma boa idéia do que funciona ou não pra vc.
Ah, lembrei de uma variante do item acima: uma vez (há um tempão) recebi um email de uma pessoa dizendo que queria vir passar 3 meses na Austrália. Como não teria dinheiro pra se sustentar, pensou em pedir um visto de trabalho com uma agencia (?!?). E pediu minha opinião sobre se Byron Bay era uma boa escolha pra trabalhar e estudar e se eu podia indicar um local pra essa pessoa ficar. Na maior boa vontade respondi que não existe esse “visto de trabalho” fácil como sugerido, que não dava pra trabalhar com visto de estudante por mais de 20hrs, e que ela devia procurar um agente de imigração. Ainda disse que eu sequer conhecia Byron Bay, mas que as pessoas devem ter em mente que mesmo as grandes cidades da Austrália (Sydney, Brisbane, Melbourne, Perth) não chegam nem perto em termos populacionais das grandes cidades do Brasil (Sydney, a maior cidade, não chega a 5 milhões). Byron Bay então, não tem nem 10.000 habitantes! Fora que esses balneários de praia (como Byron Bay, Gold Coast) ficam cheios na alta estação, mas já ouvi dizer que ficam mais vazios no resto do ano e empregos podem rarear. Enfim, me esforcei pra dar todas as informações que eu podia, dentro do possível. Adivinhem qual foi a resposta? Nenhuma, claro, nem um obrigado.
Tem muito mais absurdos, mas já nem me lembro mais.
Resumo da ópera:
Quem quiser escrever, dividir experiência, dou o maior apoio, adoro receber email de leitores do blog! Também gosto de fazer novas amizades, e nunca me opus a encontrar gente que chegou aqui e ainda tento ajudar como eu posso.
Só peço em contrapartida poucas coisas:
1) “Por favor” e “obrigado” são bem vindos;
2) Se tiver uma dúvida, leia os posts antigos do blog primeiro. Se tiver sem saco de ler tudo, faz uma pesquisa na lupinha simpática que tem no canto superior esquerdo. Não adianta dizer: “li seus posts todos, adoro o blog” e perguntar algo que eu já comentei mil vezes por aqui...
3) Para advogados, infelizmente não sei muito mais sobre a validação da profissão do que já escrevi no blog... Podem perguntar o que quiserem, mas por favor não levem a mal se a resposta for “não sei”. Juro que não é má vontade, é que eu realmente não sei... :(
Também não sei como é o mercado para essa ou aquela área específica do direito, pois como eu disse sequer trabalho com direito australiano.
4) Para aqueles de outras profissões, procurem um agente de imigração ou os órgãos de classe das suas profissões na Austrália se quiserem informações sobre validação da profissão. Se vc abrir a lista da SOL no site da imigração tem ao lado de cada profissão o órgão de classe responsável pela validação. P.ex.: CPA/ICAA/IPA para contadores, AACA para arquitetos, Engineers Australia para engenheiros, etc.
P.S.: Detalhe curioso – o “assessing authority” para “barristers” e “solicitors” é o SLAA. Como eu nunca tinha ouvido essa sigla, joguei no Google pra ver que órgão era. Eis que aparece só páginas do “Sex and Love Addicts Anonymous” na Australia. WTF??? haha
Na verdade SLAA, no contexto certo, significa “State Legal Admissions Authority” e remete aos órgãos estaduais que regulam a profissão de advogado. No caso de NSW, é a Legal Profession Admission Board.
5) Tente ser o mais específico possível na pergunta, vamos combinar que é muito difícil responder coisas genéricas como: “Como é a vida na Austrália” ou “Como faço pra conseguir um visto?” Esse último com o agravante de que a única resposta que a pessoa vai receber será: “Consulte um agente de imigração, eu não posso nem tenho capacidade técnica de dar esse tipo de informação.”
6) Não espere que eu sempre responda prontamente. Tá, eu geralmente respondo em no máximo 48hrs, mas isso não significa que a pessoa possa exigir isso no email com frases como: “preciso saber disso urgente”.
7) Não escreva uma mensagem no blog dizendo: “Queria saber algumas informações, vc pode me mandar um email?” Desculpe, não, não posso. Meu email está super acessível no blog, tanto que bastante gente me escreve. Então vamos parar com a preguiça mor e pesquisar um pouquinho. Até porque se não teve sequer a curiosidade/interesse de achar meu email no blog, começou muito mal...
No mais, fiquem a vontade para mandar mensagem/email, trocar experiências, fazer contato quando chegarem na Austrália. Como eu disse, adoro essa troca e já conheci pessoas interessantíssimas assim. :)
Nesses 2 anos de Austrália conheci dezenas de pessoas incríveis pelo blog, muitas encontrei pessoalmente e algumas até viraram amigos. Esse retorno, e saber que de alguma forma minhas postagens ajudam outras pessoas é extremamente gratificante.
Por outro lado, como todo blogueiro acabo atraindo muita gente sem noção também, muita gente mal agradecida, e gente mal educada mesmo. (p.s.: isso de forma alguma é uma indireta relacionada com os últimos emails/mensagens que recebi, na verdade o que me motivou a escrever foi um post que li num outro blog de brasileiro vivendo no exterior e fazia tempo que eu queria escrever um post sobre isso)
Eu NUNCA, em tempo algum, ignorei um email ou mensagem no blog que recebi pedindo ajuda. Respondo a todos, mesmo os sem noção, com perguntas genéricas ou os que me irritam profundamente na primeira linha (já explico o que me irrita). E de certa forma respondo até rápido, pois eu detesto deixar pra depois o que posso fazer hoje. Procrastinação definitivamente não é uma das minhas características. Como também não é dizer que estou sem tempo, pois sempre fui da teoria que falta de tempo é uma desculpa que na verdade quer dizer falta de interesse.
Enfim, sempre respondi os emails e tento sinceramente responder da melhor forma possível, sem achismos e desinformação. Só que as vezes confesso que me cansa ser tão solícita e ter que aturar certos emails que me irritam, sendo o principal deles aquele que te escreve achando que vc é serviçal do remetente e sequer agradece depois. Juro, já recebi email que vinha no título: URGENTE e no corpo do email algo como “preciso de informação sobre isso, isso e isso”. Fora um outro surreal que o Thiago recebeu uma vez dizendo: “meu filho (?!?!?) quer se mudar pra Austrália como arquiteto, me diz o que ele tem que fazer pra conseguir o visto”. Dispensa comentários, né?
Outros exemplos que recebo:
1) “Como faço pra aplicar pra residência sendo da profissão x, y ou z?”
Por mais que eu queira ajudar, a verdade é que não sei praticamente nada sobre outras profissões. E mesmo a do Thiago, arquiteto, é complicado responder pois não tenho informações atuais. Tudo que o Thiago fez pra validar a profissão ele escreveu no blog, é só ver os posts mais antigos.
Já pra profissão de advogado, tudo o que eu sabia já postei aqui. Infelizmente não sei mais detalhes, não fiz o processo de validação e sequer tenho contato com o direito aqui. Isso porque, apesar de trabalhar num escritório de advocacia, meu escritório não pratica o direito australiano. Então não tenho contato com advogados australianos, não sei como é o mercado, não posso indicar advogado (uma vez me pediram um advogado de família pra indicar, pra tratar de um divórcio) ou muito menos indicar alguém pra vaga alguma.
2) “Como é a vida na Austrália?”
Como eu devia responder isso??? To aceitando sugestões... Pra começar que eu não morei em toda cidade/estado da Austrália, então no máximo posso falar de Sydney. Fora que responder a esse tipo de pergunta demandaria escrever um livro em forma de email. Eu sou prolixa, admito, mas nem tanto...rs
3) “Li as informações x, y ou z nos sites que vc indicou, mas não entendo muito bem inglês, vc podia me explicar em português?”
Really???? Desculpe, mas se a pessoa não sabe inglês, primeiro tem que aprender se quer aplicar pra uma imigração qualificada. E nem vale a desculpa de que não tem como aprender no Brasil, pois quando pensamos em nos mudar pra Austrália o Thiago falava quase zero de inglês e em menos de um ano de estudo conseguiu tirar a nota mínima do IELTS. Ah, e foi ele quem pesquisou TUDO e aplicou sozinho pro nosso visto, sem ajuda profissional (como agente de imigração). Claro que demandou muita pesquisa, muito foco, muito esforço, mas não é nada sobrenatural ou que qualquer um não possa fazer se se esforçar.
Agora, se a pessoa sequer tem o interesse em ler, aprender, pesquisar (muito), como pode querer imigrar como residente pra outro país???
4) “Qual é o custo de vida na cidade x, y ou z?” ou as variantes: “Como é pra achar apartamento nas cidades x, y ou z?”, “Qual a melhor cidade pra se morar?”.
De novo: eu moro e sempre morei em Sydney (e já escrevi sobre o custo de vida em outro post), não tenho noção de como seja morar em outras cidades. Custo de vida dizem que é mais alto em Sydney, seguido por Melbourne, Brisbane e Perth. Mas não sei mais do que achismo e de ouvir dizer.
Quanto a melhor cidade pra se morar, claro que eu acho Sydney, né, já que escolhi vir pra cá. Mas isso é uma escolha tão pessoal... Tem quem ame a tranqüilidade de Perth, ou o frio de Melbourne (cruzes! rs), ou o aconchego quentinho de Brisbane (minha segunda opção, por sinal). Meu conselho: antes de tomar uma decisão tão definitiva quanto se mudar pra outro país, venha de férias pra Austrália e vá conhecer as principais cidades. Dá pra ter uma boa idéia do que funciona ou não pra vc.
Ah, lembrei de uma variante do item acima: uma vez (há um tempão) recebi um email de uma pessoa dizendo que queria vir passar 3 meses na Austrália. Como não teria dinheiro pra se sustentar, pensou em pedir um visto de trabalho com uma agencia (?!?). E pediu minha opinião sobre se Byron Bay era uma boa escolha pra trabalhar e estudar e se eu podia indicar um local pra essa pessoa ficar. Na maior boa vontade respondi que não existe esse “visto de trabalho” fácil como sugerido, que não dava pra trabalhar com visto de estudante por mais de 20hrs, e que ela devia procurar um agente de imigração. Ainda disse que eu sequer conhecia Byron Bay, mas que as pessoas devem ter em mente que mesmo as grandes cidades da Austrália (Sydney, Brisbane, Melbourne, Perth) não chegam nem perto em termos populacionais das grandes cidades do Brasil (Sydney, a maior cidade, não chega a 5 milhões). Byron Bay então, não tem nem 10.000 habitantes! Fora que esses balneários de praia (como Byron Bay, Gold Coast) ficam cheios na alta estação, mas já ouvi dizer que ficam mais vazios no resto do ano e empregos podem rarear. Enfim, me esforcei pra dar todas as informações que eu podia, dentro do possível. Adivinhem qual foi a resposta? Nenhuma, claro, nem um obrigado.
Tem muito mais absurdos, mas já nem me lembro mais.
Resumo da ópera:
Quem quiser escrever, dividir experiência, dou o maior apoio, adoro receber email de leitores do blog! Também gosto de fazer novas amizades, e nunca me opus a encontrar gente que chegou aqui e ainda tento ajudar como eu posso.
Só peço em contrapartida poucas coisas:
1) “Por favor” e “obrigado” são bem vindos;
2) Se tiver uma dúvida, leia os posts antigos do blog primeiro. Se tiver sem saco de ler tudo, faz uma pesquisa na lupinha simpática que tem no canto superior esquerdo. Não adianta dizer: “li seus posts todos, adoro o blog” e perguntar algo que eu já comentei mil vezes por aqui...
3) Para advogados, infelizmente não sei muito mais sobre a validação da profissão do que já escrevi no blog... Podem perguntar o que quiserem, mas por favor não levem a mal se a resposta for “não sei”. Juro que não é má vontade, é que eu realmente não sei... :(
Também não sei como é o mercado para essa ou aquela área específica do direito, pois como eu disse sequer trabalho com direito australiano.
4) Para aqueles de outras profissões, procurem um agente de imigração ou os órgãos de classe das suas profissões na Austrália se quiserem informações sobre validação da profissão. Se vc abrir a lista da SOL no site da imigração tem ao lado de cada profissão o órgão de classe responsável pela validação. P.ex.: CPA/ICAA/IPA para contadores, AACA para arquitetos, Engineers Australia para engenheiros, etc.
P.S.: Detalhe curioso – o “assessing authority” para “barristers” e “solicitors” é o SLAA. Como eu nunca tinha ouvido essa sigla, joguei no Google pra ver que órgão era. Eis que aparece só páginas do “Sex and Love Addicts Anonymous” na Australia. WTF??? haha
Na verdade SLAA, no contexto certo, significa “State Legal Admissions Authority” e remete aos órgãos estaduais que regulam a profissão de advogado. No caso de NSW, é a Legal Profession Admission Board.
5) Tente ser o mais específico possível na pergunta, vamos combinar que é muito difícil responder coisas genéricas como: “Como é a vida na Austrália” ou “Como faço pra conseguir um visto?” Esse último com o agravante de que a única resposta que a pessoa vai receber será: “Consulte um agente de imigração, eu não posso nem tenho capacidade técnica de dar esse tipo de informação.”
6) Não espere que eu sempre responda prontamente. Tá, eu geralmente respondo em no máximo 48hrs, mas isso não significa que a pessoa possa exigir isso no email com frases como: “preciso saber disso urgente”.
7) Não escreva uma mensagem no blog dizendo: “Queria saber algumas informações, vc pode me mandar um email?” Desculpe, não, não posso. Meu email está super acessível no blog, tanto que bastante gente me escreve. Então vamos parar com a preguiça mor e pesquisar um pouquinho. Até porque se não teve sequer a curiosidade/interesse de achar meu email no blog, começou muito mal...
No mais, fiquem a vontade para mandar mensagem/email, trocar experiências, fazer contato quando chegarem na Austrália. Como eu disse, adoro essa troca e já conheci pessoas interessantíssimas assim. :)
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Cidades de praia ao redor de Sydney
No mês de dezembro, com a família do Thiago aqui, resolvemos alugar uma casa perto da praia pra passar uns dias, como fizemos ano passado. Ano passado alugamos em Port Stephens, que fica 2 horas e meia ao norte de Sydney. Como meu escritório não tem recesso de fim de ano, o Thiago foi sozinho com a família e eu só fui no sábado de manhã, de trem, saltando em Newcastle e o Thiago me pegando lá. A cidadezinha é bem bonitinha e idem pra praia principal, mas não consegui aproveitar muito pois ventava horrores. Vejam algumas fotos:
Esse ano alugamos uma casa em Ulladulla, também 2 horas e meia mas ao sul de Sydney. Dessa vez tirei 2 dias de férias e fiquei a viagem toda, 4 dias e 3 noites.
A viagem em si é bem agradável, e como moramos na parte sul da cidade foi mais rápido. Seguindo pelo Royal National Park logo alcançamos a Grand Pacific Drive, com um visual lindíssimo que merece encostar o carro pra umas fotos, como fizemos:
Fizemos uma parada também em Port Kembla, uma cidade portuária, mas paramos rápido só pra tomar um café. :)
Chegando em Ulladulla ficamos num hotel simpático estilo condomínio de casas, o Ulladulla Holiday Village.
A ideia era ir na praia onde tem cangurus soltos, a Pebbly beach, que fica mais 1 hora ao sul de Ulladulla. Só que os malditos cangurus resolveram nos sacanear e não deram as caras! Fiquei com uma raiva! rs Pra não perder a viagem sugeri irmos a Batesman Bay, uma cidadezinha próxima ao sul, pra almoçar e depois tentar voltar de tarde pra “caçar” os cangurus. A minhabrilhante ideia deu certo, pois de tarde conseguimos achar 2 míseros cangurus pra sair nas fotos:
O curioso é que apesar deles fizerem soltos, em seu habitat natural, são super dóceis e dá pra chegar perto e até fazer um carinho. Só tem que tomar cuidado com crianças, que costumam ser mais afoitas e com isso podem fazê-los se assustar e reagir. Aliás eu vi isso acontecer nesse dia, um menininho de uns 3 anos foi se aproximar do filhote de canguru e quase levou um coice da mãe. Claro que os pais do menino não estavam nem aí e sequer se deram conta da cena. Sorte que a criança conseguiu se afastar a tempo.
Fomos ainda em Jervis Bay (1 hora ao sul de Ulladulla) pra um passeio. Nesse ponto devo dizer que a viagem foi bem frustrante porque o tempo não colaborou. Todos os dias estavam nublados, não esquentava e chegou a chover! Acho que é pessoal, pois toda viagem de carro que faço o tempo está ruim! Ano passado quando fomos pra Jervis Bay também estava horrível o tempo, idem pra Port Stephens, e agora mais uma vez. Ou São Pedro está de perseguição comigo, ou o tempo aqui realmente é na maioria das vezes ruim pra aproveitar uma praia. Acho que tenho que ir mesmo mais longe, pro estado de Queensland (tipo Cairns, Gold Coast), pra pegar uma prainha decente. rs
As poucas fotos decentes de Jervis Bay:
No balanço geral, eu achei Port Stephens mais bonito, a praia também achei melhor. Quanto a praia pra ver os cangurus, não sei se vale a pena arriscar e os diabinhos não darem as caras. Dizem que vale mais a pena ir pra Morisset, ao norte de Sydney (perto de Newcastle) onde é mais seguro de vê-los e dá pra chegar também de trem (já nessa praia que fomos no sul só de carro, pois é bem isolado). Eu ainda não fui, mas no momento estou meio brigada com os cangurus, então nem tenho mais vontade de ir procurá-los. rs
De todo modo, mais um item da lista de destinos de passeio riscado. :)
Esse ano alugamos uma casa em Ulladulla, também 2 horas e meia mas ao sul de Sydney. Dessa vez tirei 2 dias de férias e fiquei a viagem toda, 4 dias e 3 noites.
A viagem em si é bem agradável, e como moramos na parte sul da cidade foi mais rápido. Seguindo pelo Royal National Park logo alcançamos a Grand Pacific Drive, com um visual lindíssimo que merece encostar o carro pra umas fotos, como fizemos:
Fizemos uma parada também em Port Kembla, uma cidade portuária, mas paramos rápido só pra tomar um café. :)
Chegando em Ulladulla ficamos num hotel simpático estilo condomínio de casas, o Ulladulla Holiday Village.
A ideia era ir na praia onde tem cangurus soltos, a Pebbly beach, que fica mais 1 hora ao sul de Ulladulla. Só que os malditos cangurus resolveram nos sacanear e não deram as caras! Fiquei com uma raiva! rs Pra não perder a viagem sugeri irmos a Batesman Bay, uma cidadezinha próxima ao sul, pra almoçar e depois tentar voltar de tarde pra “caçar” os cangurus. A minha
O curioso é que apesar deles fizerem soltos, em seu habitat natural, são super dóceis e dá pra chegar perto e até fazer um carinho. Só tem que tomar cuidado com crianças, que costumam ser mais afoitas e com isso podem fazê-los se assustar e reagir. Aliás eu vi isso acontecer nesse dia, um menininho de uns 3 anos foi se aproximar do filhote de canguru e quase levou um coice da mãe. Claro que os pais do menino não estavam nem aí e sequer se deram conta da cena. Sorte que a criança conseguiu se afastar a tempo.
Fomos ainda em Jervis Bay (1 hora ao sul de Ulladulla) pra um passeio. Nesse ponto devo dizer que a viagem foi bem frustrante porque o tempo não colaborou. Todos os dias estavam nublados, não esquentava e chegou a chover! Acho que é pessoal, pois toda viagem de carro que faço o tempo está ruim! Ano passado quando fomos pra Jervis Bay também estava horrível o tempo, idem pra Port Stephens, e agora mais uma vez. Ou São Pedro está de perseguição comigo, ou o tempo aqui realmente é na maioria das vezes ruim pra aproveitar uma praia. Acho que tenho que ir mesmo mais longe, pro estado de Queensland (tipo Cairns, Gold Coast), pra pegar uma prainha decente. rs
As poucas fotos decentes de Jervis Bay:
No balanço geral, eu achei Port Stephens mais bonito, a praia também achei melhor. Quanto a praia pra ver os cangurus, não sei se vale a pena arriscar e os diabinhos não darem as caras. Dizem que vale mais a pena ir pra Morisset, ao norte de Sydney (perto de Newcastle) onde é mais seguro de vê-los e dá pra chegar também de trem (já nessa praia que fomos no sul só de carro, pois é bem isolado). Eu ainda não fui, mas no momento estou meio brigada com os cangurus, então nem tenho mais vontade de ir procurá-los. rs
De todo modo, mais um item da lista de destinos de passeio riscado. :)
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Reveillon 2013-2014
Diferente do primeiro ano, em que fomos pro Botanic Gardens assistir os fogos, no Reveillon desse ano que passou resolvemos reservar uma mesa num restaurante com jantar e bebidas liberadas, com a promessa de que teria uma grande varanda pra assistir os fogos.
O restaurante (Bondi Pizza) fica em Bondi Junction, um pouco longe da baía onde saem os fogos, mas achávamos que íamos conseguir ter uma visão geral. Ledo engano...
Pagamos $200 por pessoa, o que achamos um preço justo por um jantar completo (entrada, prato principal e sobremesa) mais bebida alcoólica liberada. Bem melhor que ano passado onde só tivemos uma cestinha de piquenique caída. E já conhecíamos o restaurante e sempre gostei da comida. Só não contava que o serviço nesse dia estaria péssimo! Eram pratos que não chegavam nunca (acabamos ficando sem uma das entradas tamanha a enrolação dos garçons), garçons indo e voltando sem trazer o que pedíamos, bebida pra se conseguir só indo pessoalmente no bar, comida vindo requentada depois de horas de espera, enfim, o caos. E isso porque tinham muitos garçons! Mas eles pareciam todos novatos, ficavam batendo cabeça e não conseguiam dar conta da lotação do local. Nos estressamos tanto, mas tanto, que até atrapalhou a noite. Só conseguimos terminar de comer (mal e porcamente) as 23:30, isso porque chegamos lá as 19:30!
Na hora de ver os fogos, mais uma decepção. Além de estar bem longe, a varanda tinha um imenso vidro que fazia toda e qualquer foto refletir. Fora que estava tão apinhado de gente que eu confesso que até desisti de tentar achar um espacinho. Acabei desistindo e ficando na mesa mesmo, esperando os fogos acabarem.
Temos que pensar seriamente em opções melhores pra esse ano, mas é muito difícil conseguir algo legal que não seja os olhos da cara (ah, saudade de Copacabana...). Estou bem inclinada a ficar em casa e assistir os fogos pela TV. Ops, esqueci que não tenho TV em casa! haha
Seguem as poucas fotos que prestaram:
O restaurante (Bondi Pizza) fica em Bondi Junction, um pouco longe da baía onde saem os fogos, mas achávamos que íamos conseguir ter uma visão geral. Ledo engano...
Pagamos $200 por pessoa, o que achamos um preço justo por um jantar completo (entrada, prato principal e sobremesa) mais bebida alcoólica liberada. Bem melhor que ano passado onde só tivemos uma cestinha de piquenique caída. E já conhecíamos o restaurante e sempre gostei da comida. Só não contava que o serviço nesse dia estaria péssimo! Eram pratos que não chegavam nunca (acabamos ficando sem uma das entradas tamanha a enrolação dos garçons), garçons indo e voltando sem trazer o que pedíamos, bebida pra se conseguir só indo pessoalmente no bar, comida vindo requentada depois de horas de espera, enfim, o caos. E isso porque tinham muitos garçons! Mas eles pareciam todos novatos, ficavam batendo cabeça e não conseguiam dar conta da lotação do local. Nos estressamos tanto, mas tanto, que até atrapalhou a noite. Só conseguimos terminar de comer (mal e porcamente) as 23:30, isso porque chegamos lá as 19:30!
Na hora de ver os fogos, mais uma decepção. Além de estar bem longe, a varanda tinha um imenso vidro que fazia toda e qualquer foto refletir. Fora que estava tão apinhado de gente que eu confesso que até desisti de tentar achar um espacinho. Acabei desistindo e ficando na mesa mesmo, esperando os fogos acabarem.
Temos que pensar seriamente em opções melhores pra esse ano, mas é muito difícil conseguir algo legal que não seja os olhos da cara (ah, saudade de Copacabana...). Estou bem inclinada a ficar em casa e assistir os fogos pela TV. Ops, esqueci que não tenho TV em casa! haha
Seguem as poucas fotos que prestaram:
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