quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015


Tem tempo que eu não faço uma retrospectiva aqui no blog. Aliás acho que a única que eu fiz até hoje foi nesse post aqui, além dessa outra mambembe quando voltei do sumiço.
Como essa semana começa efetivamente 2016, achei que cabia uma retrospectiva oficial e o que espero para esse ano.

2015 foi um ano incrível, mas igualmente difícil. Foi o ano em que sofremos as dores e delícias de se criar um filho, agravado pelo fato de estarmos longe da família. Minha gravidez e o pós parto foram incrivelmente difíceis e desafiadores, depois quando as coisas começaram a entrar na rotina começamos uma onda de doenças no inverno que durou longos e tenebrosos 4 meses. Nesse período chegamos a cogitar seriamente voltar pro Brasil, foi realmente pesado estarmos os 3 doentes e tendo que manter a rotina da casa, trabalhar e cuidar de um bebe sem ajuda da família. Mas se pensar bem eu acho que todo inverno eu entro nessa “depressão” e quero voltar pro Brasil. haha  (#odeioinvernofrio)

Apesar dos momentos difíceis foi uma delícia ver o nosso pequeno crescendo e se desenvolvendo com tanta liberdade. Hoje sinto até falta de ter um bebe em casa, pois já tenho um típico toddler (menino) que corre anda, escala, dança, tagarela (na língua dele, mas tá valendo), faz graça pra nos ver sorrir e a cada dia reclama por mais liberdade (essa semana cismou que quer comer sozinho, quer dizer, com as mãos ele sempre comeu, mas agora quer comer de colher/garfo. Ai, ai…). Quando vejo a liberdade que ele tem aqui, a paz de espírito que é sair com ele para qualquer parque/praia, deixá-lo livre para andar pelo bairro e explorar tudo a sua volta, não tem preço e me faz ter a certeza de que é aqui mesmo o meu lugar.
Foi também o ano que mais viajamos, surpreendentemente, porque eu achei que com a licença maternidade não remunerada (já expliquei sobre isso aqui) iríamos a falência. Mas como já dizia meu pai, quanto mais de gasta mais se ganha. haha  Brincadeira, no nosso caso (em que não ficamos ricos) acho que foi mais uma questão de ajustar prioridades. Abandonamos por hora a pretensão de comprar um apartamento no futuro a curto prazo e optamos por aproveitar mais a vida com viagens. E como em 2014 com a minha gravidez + o nascimento do Lucas praticamente não pudemos viajar, em 2015 fomos a forra: Gold Coast em abril (quando o Lucas tinha 4 meses), Rio de Janeiro em maio (fiquei lá dos 4.5 meses do Lucas até ele fazer 6 meses), Fiji em outubro (o Lucas tinha 10 meses, post aqui) e Nova Zelândia pro Natal e Ano Novo (quando o Lucas já tinha 1 ano – em breve faço um post sobre essa viagem). Ou seja, o pequeno mal fez um ano e já tem 3 viagens internacionais no passaporte. :)
Curioso que cada viagem teve um sabor especial por conta da idade do Lucas na época. As duas primeiras foram mais “fáceis” em termos de comida e voos porque ele sendo menor era basicamente leite, ele dormia mais frequente e qualquer objeto o distraia. Em compensação acordava muito de madrugada e o jet lag dele na viagem pro Brasil foi desesperador. Já Fiji foi o começo do perrengue de se viajar de avião com um bebe móvel que não prende atenção em nada por mais de 10 segundos e que começou a recusar papinha pronta (vou te dizer: um desafio ter um bebe de paladar refinado. haha Mas não posso reclamar porque ele é super bom de boca, só não gosta de comida sem tempero, comida repetida e papinha pronta. :-P), mas ao mesmo tempo que estava começando a explorar e descobrir o mundo e foi uma viagem deliciosa! Nova Zelândia por sua vez foi igualmente deliciosa, com o benefício de ter a mãe e irmã do Thiago por lá pra nos dar uma super ajuda com o Lucas e com isso podermos fazer até esportes radicais! Foi também a transição do Lucas da fase de bebe para um menino, então se por um lado era mais fácil a parte de alimentação (ele come o que a gente come, sem frescura e comida inteira mesmo do nosso prato), sono (ele já tem a rotina de sonecas e dorme a noite toda, apesar de sempre terem noites de recaída), por outro foi mais cansativo entretê-lo e correr atrás dele com ele o dia todo, mas igualmente prazeiroso vê-lo explorando o mundo livremente. Para 2016 eu só desejo que meu pequeno continue com saúde e enchendo a casa de risadas e amor.
Seguimos no mesmo apartamento, que gostamos muito e espero permanecer pelos próximos anos, até porque não aguento mais mudança (já até fiz vários posts no blog sobre isso, aqui e aqui)! Também seguimos nos mesmos empregos, Thiago já há 1.5 anos numa empresa e eu há 3 anos no mesmo escritório de advocacia. Ao mesmo tempo que estamos bem, estabilizados e com reconhecimento profissional, tem rolado em nós dois aquela cosquinha de necessidade de mudar. Mudar pra crescer profissionalmente ainda mais, mudar pra buscar novos desafios, pra respirar outros ares. Mas sinceramente não sei se essa mudança vai acontecer em 2016. Primeiro porque agora temos uma família pra contrabalançar e não é mais tão fácil abrir mão da estabilidade profissional. E ainda tem a questão de que se formos ter outro filho (não pra 2016, mas quem sabe 2017 ou 2018…) precisamos estar num emprego estável pra facilitar essa nova aventura. Eu sinceramente as vezes sinto falta de me focar mais na minha carreira, ainda mais agora que só trabalho 3x por semana. Queria mudar de escritório, quem sabe validar meu diploma aqui e alçar voos ainda maiores. Mas aí esbarro no prazer que tenho de passar 2 dias da semana inteirinhos com o Lucas, no fato de que não quero abrir mão do tempo livre com a minha família pra trabalhar longas horas. Já fiz muito isso nos meus vinte e poucos anos, não me vejo mais fazendo. Acho que a vida é sempre assim, né, um mar de escolhas e cada uma traz suas dores e delícias.

Em resumo acho que 2015 foi um grande ano, e 2016 tem tudo pra ser ainda melhor. Primeiro que em fevereiro poderemos dar entrada no pedido de cidadania (uhuu), então 2016 já ficará marcado como ano em que viraremos cidadãos australianos (e finalmente poderemos passar na fila rápida do aeroporto, porque ninguém merece a fila da imigração, na viagem pra Fiji ficamos quase 1 hora no retorno! Isso com um bebe faminto a tiracolo, e mesmo com o Lucas se esgoelando de fome não nos deram prioridade.), pra fazer companhia pro nosso canguruzinho que já tem passaporte australiano desde 1 mês de vida. Nossa viagem ao Brasil esse ano provavelmente será em agosto/setembro (o duro vai ser ficar sem viajar até lá...), e vai ser incrível rever a família com o Lucas já independente e falando (dessa vez a nossa língua. haha), além da emoção de ver a primeira filha de uma das minhas melhoras amigas que nasce no meio do ano. Ah, e essa viagem será ainda mais especial pois vamos fazer um pit stop em Londres pro casamento da minha outra melhor amiga. Esse ano promete! Mal posso esperar pelas coisas boas que 2016 nos trará.

2 comentários:

  1. olá!
    sou recém formada em arquitetura, e gostaria de algumas dicas sobre emprego no campo de arquitetura, na austrália.
    vocês se importam em passar o contato de vocês?
    via facebook, e-mail, ou como preferirem?

    Desde já, obrigada!
    o blog de vocês é ótimo!

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    1. Oi Izabella.

      Dá uma lida nessa entrevista aqui que o Thiago deu pra outro blog falando sobre o mercado em arquitetura: http://www.brazilaustralia.com/entrevista-como-ser-arquiteto-na-australia/

      Se ainda assim vc tiver alguma dúvida, escreve direto pra ele: turino@gmail.com

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