O show ocorre numa sala pequena (uma das muitas que tem
no Opera House), e são 4-5 músicos no palco + um animador infantil. O tema
desse espetáculo que fomos era Four Seasons, o famoso concerto de Vivaldi.
Funcionava assim: os músicos (todas mulheres, e se não me engano eram 3
violinos, um celo e um solo de violino) tocavam trechos do concerto e o
animador ia explicando a música e interagindo com as crianças usando um cenário
que tinha no palco. Então quando a música retratava a primavera, ele mostrava
as flores no palco, fazia piadas, dançava com as crianças, e idem pras demais
estacões do ano. As crianças ficavam na plateia, sentadas ou em pé no chão numa
área central, e em volta eles colocaram cadeiras pros pais sentarem. Eu achei
isso um pouco problemático porque as crianças menores claro que não iam ficar
sozinhas ali no meio, e ficava muito inviável para os pais sentarem no centro,
acho que seria melhor se tivesse menos cadeira e todo mundo (pais e crianças)
sentassem no chão mesmo.
A performance toda dura 35 minutos, o que é ótimo porque
claro que as crianças não ficariam quietas por muito mais do que isso. O pouco
que eu consegui assistir achei interessantíssimo, e no final os músicos descem
do palco e vem pra perto das crianças pra mostrar os instrumentos e responder
perguntas.
A minha amiga com a filha da idade do Lucas achou o
máximo, a filha dela curtiu, ficou no centro com as outras crianças e de vez em
quando vinha até onde a minha amiga estava sentada e ficava no colo. Já o
Lucas… Juro, meu filho é um caso perdido pra se focar em algo. Vamos lá ao meu
tragicómico relato:
Chegamos um pouco mais cedo e paramos num café do lado de
fora da sala pra dar lanche pras crianças. Lucas comeu em pé correndo de um
lado pro outro (até aí normal, até porque estava cheio de criancas fazendo
igualzinho e não tinha lugar pra sentar direito), até descobrir que umas portas
de vidro laterais estavam abertas e davam pra parte de fora do Opera House, num
pátio gigantesco. Daí em diante foram uns 15 minutos dele fugindo pro lado de
fora e eu correndo atrás dele (the story of my life…). Deu a hora de entrar e
se formou uma pequena fila de pais (a maioria mães porque era dia de semana) e
crianças pra entrar, e os carrinhos tinham que ser deixados do lado de fora. O
que as outras crianças faziam? Iam andando em fila pra entrada. O que o meu
filho fazia? Corria loucamente pro lado contrário da porta de entrada. No fim
tive que carregar ele sob protesto pra dentro da sala (meu alerta de que o dia
não estava começando nada bem…). Entramos e nos acomodamos sentados no chão, na
parte da frente tinha uma fita verde no chão que separava o palco da plateia e eles
avisavam que nenhuma criança podia ultrapassar essa fita. Advinhem o que o
Lucas fez assim que chegou? Pois é… *suspiro. Ele ficou tipo uns 2 minutos
entretido quando os violinos começaram a tocar e o animador a falar, depois
desandou a querer correr. Tive que sair da parte da frente porque óbvio que o
Lucas ficava sempre correndo (e quando eu obrigava ele a sentar ele rastejava) pra avançar na maldita faixa verde.
Beleza, fui pra parte de trás ver se ele ficava com as
outras crianças. Não, claro que não, ele queria correr pro lado contrário do
palco, só deus sabe pra onde. Depois de alguns minutos assim uma funcionária do
Opera House nos “convidou” a subir pro mezanino e assistir de lá de cima, ou
seja, fomos devidamente expulsos da plateia. Beleza, subi e pro Lucas foi o
paraíso porque ele tinha muitas escadas pra subir e descer, mas eu fiquei tensa
porque estava escuro e tinha a grade que dava pra parte de baixo da plateia,
vai que o meu
Ok, talvez ele ainda seja muito pequeno pra um evento
assim. Mas, poxa, tinham várias crianças da idade dele lá! Acho que eu tenho
que me conformar mesmo que meu filho é insandecidamente ativo e vai demorar uns
anos até ele conseguir se concentrar em algo. *suspiro
De todo modo achei a performance interessantíssima, e
como eu sou louca brasileira e não desisto nunca, provavelmente vou tentar
novamente ano que vem quando o Lucas já tiver 2 anos e meio.
Não tirei fotos no dia
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