segunda-feira, 20 de junho de 2016

Babies Prom - Opera House

Como eu já comentei uma vez, não me canso de me espantar com o que essa cidade tem a oferecer, principalmente pra crianças. Uma amiga que tem uma filha da idade do Lucas me chamou para irmos no Babies Prom, um espetáculo de música clássica para crianças pequenas (2-5 anos) que acontece anualmente no Opera House. Eu relutei um pouco pois o Lucas ainda é pequeno e extremamente inquieto (com certeza já comentei aqui o quanto ele não pára quieto pra nada e só quer saber de correr/pular/escalar/explorar livremente. Um rebelde sem causa!). Mas achei a ideia tão legal que me animei de ir.

O show ocorre numa sala pequena (uma das muitas que tem no Opera House), e são 4-5 músicos no palco + um animador infantil. O tema desse espetáculo que fomos era Four Seasons, o famoso concerto de Vivaldi. Funcionava assim: os músicos (todas mulheres, e se não me engano eram 3 violinos, um celo e um solo de violino) tocavam trechos do concerto e o animador ia explicando a música e interagindo com as crianças usando um cenário que tinha no palco. Então quando a música retratava a primavera, ele mostrava as flores no palco, fazia piadas, dançava com as crianças, e idem pras demais estacões do ano. As crianças ficavam na plateia, sentadas ou em pé no chão numa área central, e em volta eles colocaram cadeiras pros pais sentarem. Eu achei isso um pouco problemático porque as crianças menores claro que não iam ficar sozinhas ali no meio, e ficava muito inviável para os pais sentarem no centro, acho que seria melhor se tivesse menos cadeira e todo mundo (pais e crianças) sentassem no chão mesmo.
A performance toda dura 35 minutos, o que é ótimo porque claro que as crianças não ficariam quietas por muito mais do que isso. O pouco que eu consegui assistir achei interessantíssimo, e no final os músicos descem do palco e vem pra perto das crianças pra mostrar os instrumentos e responder perguntas.
A minha amiga com a filha da idade do Lucas achou o máximo, a filha dela curtiu, ficou no centro com as outras crianças e de vez em quando vinha até onde a minha amiga estava sentada e ficava no colo. Já o Lucas… Juro, meu filho é um caso perdido pra se focar em algo. Vamos lá ao meu tragicómico relato:
Chegamos um pouco mais cedo e paramos num café do lado de fora da sala pra dar lanche pras crianças. Lucas comeu em pé correndo de um lado pro outro (até aí normal, até porque estava cheio de criancas fazendo igualzinho e não tinha lugar pra sentar direito), até descobrir que umas portas de vidro laterais estavam abertas e davam pra parte de fora do Opera House, num pátio gigantesco. Daí em diante foram uns 15 minutos dele fugindo pro lado de fora e eu correndo atrás dele (the story of my life…). Deu a hora de entrar e se formou uma pequena fila de pais (a maioria mães porque era dia de semana) e crianças pra entrar, e os carrinhos tinham que ser deixados do lado de fora. O que as outras crianças faziam? Iam andando em fila pra entrada. O que o meu filho fazia? Corria loucamente pro lado contrário da porta de entrada. No fim tive que carregar ele sob protesto pra dentro da sala (meu alerta de que o dia não estava começando nada bem…). Entramos e nos acomodamos sentados no chão, na parte da frente tinha uma fita verde no chão que separava o palco da plateia e eles avisavam que nenhuma criança podia ultrapassar essa fita. Advinhem o que o Lucas fez assim que chegou? Pois é… *suspiro. Ele ficou tipo uns 2 minutos entretido quando os violinos começaram a tocar e o animador a falar, depois desandou a querer correr. Tive que sair da parte da frente porque óbvio que o Lucas ficava sempre correndo (e quando eu obrigava ele a sentar ele rastejava) pra avançar na maldita faixa verde.
Beleza, fui pra parte de trás ver se ele ficava com as outras crianças. Não, claro que não, ele queria correr pro lado contrário do palco, só deus sabe pra onde. Depois de alguns minutos assim uma funcionária do Opera House nos “convidou” a subir pro mezanino e assistir de lá de cima, ou seja, fomos devidamente expulsos da plateia. Beleza, subi e pro Lucas foi o paraíso porque ele tinha muitas escadas pra subir e descer, mas eu fiquei tensa porque estava escuro e tinha a grade que dava pra parte de baixo da plateia, vai que o meu insandecido curioso filho resolve se jogar dali? Fiquei ali um tempo, achei que ele tinha se acalmado e desci. Tentei de novo a plateia, dessa vez na parte de trás longe da maldita faixa verde. Eis que o Lucas resolve ir pro meio das outras crianças e dançar. Ainda tem um momento fofura master e vai até a filha da minha amiga e tasca um abraço e um beijo nela. Viva! Ops, não se deve contar vitória antes do tempo… Isso durou uns 3 minutos, logo ele tava de volta querendo correr pro lado contrário que não podia e eu impedindo e ao mesmo tempo tentando evitar que ele desse um ataque de fúria no meio do espetáculo. E assim fomos nessa luta pelos 35 minutos mais longos da minha vida.

Ok, talvez ele ainda seja muito pequeno pra um evento assim. Mas, poxa, tinham várias crianças da idade dele lá! Acho que eu tenho que me conformar mesmo que meu filho é insandecidamente ativo e vai demorar uns anos até ele conseguir se concentrar em algo. *suspiro
De todo modo achei a performance interessantíssima, e como eu sou louca brasileira e não desisto nunca, provavelmente vou tentar novamente ano que vem quando o Lucas já tiver 2 anos e meio.
Não tirei fotos no dia porque estava ocupada correndo atrás do meu furacãozinho, mas achei algumas na internet que mostro abaixo pra vcs terem uma ideia de como é. Essas fotos não são do dia em que eu fui, então o espetáculo no palco era diferente do que eu assisti, mas a ideia é a mesma.


 

 
 


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