Hoje me dei conta que não falamos
tanto das viagens que fizemos pela Austrália. Lá no início do blog postamos
sobre as cidades que visitamos quando viemos antes mesmo do nosso visto sair
(Melbourne, Sydney, Brisbane e Perth). Escrevi sobre nossa viagem a Barreira de
Corais (aqui e aqui)
, sobre a viagem pra Fiji (tá, nem é dentro da Australia, mas é como se fosse o
quintal dos australianos. rs Post aqui)
, sobre algumas cidades ao redor de Sydney como Port Stephens, Ulladula, Jervis
Bay (post aqui),
sobre Blue Mountains (post aqui),
mas tem muitas outras viagens que acabaram passando batido, principalmente
depois que o Lucas nasceu e o tempo ficou escasso para escrever no blog.
Teve nossa viagem a Gold Coast/Brisbane
quando o Lucas tinha apenas 4 meses, teve outra viagem a Barreira de Corais mas
dessa vez ficando hospedados em Palm Cove ao invés de Cairns, teve nova viagem
a Gold Coast no início desse ano quando o Lucas tinha quase 2 anos e meio
(dessa vez pra ficar num resort), e finalmente teve nossa última viagem há
algumas semanas pra um resort Sunshine Coast no estilo baby moon, pra
aproveitar nossa última viagem só os 3 antes do bb nascer. E é sobre essa
última que vou falar nesse post.
Quando eu estava planejando a viagem
de baby moon, tinha algumas exigências:
- ficar apenas no resort sem nos
locomover muito porque o foco era relaxar e não fazer turismo;
- tinha que ter praia, óbvio, porque
detesto o frio (aliás, verãooooo, cade vc que não chega em Sydney esse ano??);
- tinha que ter atividade pro Lucas
mas sem ser muito exagerado, tipo, eu não queria aqueles resorts como o Sea
World que tem um parque aquático imenso que o Lucas certamente ia querer ir
non-stop e nós íamos ter que ficar correndo atrás dele como doidos (quer dizer,
nós não, né, o Thiago, porque eu mesma não estou mais dando conta de muita
coisa com esse barrigão);
- tinha que ser dentro da Austrália
porque eu morro de medo de viajar pro exterior já tão avançada na gravidez
(estava com 30 semanas), e também perto o suficiente pra viagem de avião não durar
mais de 2hrs porque estou muito desconfortável pra encarar voos longos;
- tinha que ter kids club pro Lucas
porque queríamos umas horinhas só de adulto, o que não é tão fácil porque ele
ainda não completou 3 anos e a maioria dos resorts com kids club são pra
maiores de 3-4 anos.
Depois de muito pesquisar, cheguei
numa lista de 4 resorts e ao final o escolhido foi o Novotel Twin Waters Resortem Sunshine Coast.
Fiz o booking pelo site do Expedia (como sempre faço, adoro o serviço deles!), fechando um pacote de 5 dias e 4 noites no
resort + passagens aéreas (o Lucas agora já paga inteira, infelizmente) +
transfer do aeroporto pro resort por $1.500. Achei bem razoável, só ressalto
que esse valor não incluía alimentação, e como optamos por não alugar carro e
ficar apenas no resort, limitamos muito as opções de comida e no final acabamos
gastando quase mais $1.000 só com alimentação e kids club.
O voo foi direto, pela Jet Star, e
como sempre fizemos a reserva de uma vaga no aeroporto de Sydney pra deixar
nosso carro lá, o que sempre preferimos a pegar táxi com criança, malas,
cadeirinha, etc. Eu sempre acho que o preço sai quase o mesmo de um táxi, com a
comodidade de irmos com o nosso carro. Dessa vez paguei $150 pra deixar o carro
no aeroporto por 5 dias, no estacionamento P1-P2 do aeroporto. No estacionamento P3 sai mais
barato, já deixei lá também mas a caminhada é maior – na viagem do início do
ano pra Gold Coast parei no P3 e estava sozinha com o Lucas, pois o Thiago ia
direto do trabalho e me encontrou só no check in, e eu andando aquele mundaréu com
uma criança que adora fugir (quer dizer, adorava, porque atualmente até que ele
está mais cooperativo), 2 malas, um carrinho, ou seja, o caos! Não sei como
cheguei viva no check in, e só me lembro dos olhares de piedade que eu recebia
pelo caminho, haha, ou talvez as pessoas estivessem secretamente me julgando
porque o Lucas estava com aquelas mochilinhas com uma corda, tipo “coleira”,
mas eu não tinha muita escolha porque não tinha mão livre pra pegar ele no colo
ou correr atrás dele. Se bem que nem a “coleira” ajuda muito quando se trata do
Lucas, porque ele no início acha interessante a mochila de macaco nas costas
dele, mas logo percebe que com a cordinha eu controlo ele, então ele invariavelmente
se irrita e tenta pegar a cordinha, se recusa a usar a mochila, e o caos se
instala.
No site do aeroporto de Sydney tem
as opções de transporte pra chegar lá,
incluindo o booking do estacionamento.
O voo não dava direito a bagagem
despachada, então paguei por uma mala extra. No fim levamos 1 mala de 18kgs, 2
malas de mão de 7kgs e uma mochila. Não levei carrinho pro Lucas porque ele
nunca senta mesmo, to me dando por vencida em não usar mais carrinho. rs No fim
acho que a medida foi ideal, uma das malas de mão que temos é menorzinha e o
Lucas adotou como mala dele, daí as vezes ele empurra e nos "ajuda".
Em voos nacionais não precisa de
passaporte, apenas uma identificação com foto pra mostrar no check in. Assim
levamos as nossas carteiras de motorista e pro Lucas o passaporte australiano
dele porque é o único documento com foto que ele tem. Ah, e levei também meu cartão
de gravidez (pro caso de ter que ir no médico por lá) e mais um atestado da
midwife com quem faço o pré natal atestando que a gravidez não é gemelar, não é
de risco e com a data prevista do parto. Esse atestado é exigência da maioria
das cias aéreas depois de uma certa fase da gravidez. O ideal é checar com a
cia aérea sempre, no nosso caso como era a Jetstar, eles permitem viajar até a
28a. semana de gravidez sem atestado, da 28a. até a 36a. semana com esse
atestado (que pode ser assinado pelo médico ou pela midwife já que na Aus o pré
natal no hospital público é, via de regra, feito apenas pelas midwives, não tem
qualquer consulta com um obstetra a não ser que haja alguma complicação) e
depois da 36a. semana não é aconselhado viajar. Na ida não me pediram o
atestado, mas na volta pediram no momento do check in.
Correu tudo bem no voo (é tão mais
fácil viajar com o Lucas agora que ele chegou na “maturidade” dos 3 anos!),
tirando o fato de que eu estava ainda me recuperando de uma gripe e com a pressão
do avião a minha sinusite atacou ferozmente, nem analgésico resolveu e passei
os 90 minutos de voo com uma dor absurda no rosto. Aliás essa mesma sinusite me
fez ficar a base de analgésico na viagem, o que não chegou a ser um problema pois a dor ficou controlavel,
mas no voo da volta mais uma vez a pressão fez a dor explodir. Ainda bem que só
durou os 90 minutos e assim que o avião pousou a dor melhorou.
O transfer era um daqueles ônibus shuttle,
que levam até os hotéis. Não tinha cadeirinha pro Lucas, mas no estado de
Queensland não é obrigatório (diferente de NSW, onde fica Sydney, onde criança não
pode andar em táxi ou shuttle sem cadeirinha). A viagem foi bem curta, de no
máximo 15min porque o resort fica bem perto do aeroporto (e longe da cidade, o
que não chegou a ser um problema porque como eu disse dessa vez não alugamos
carro e ficamos só no resort mesmo).
Eu achei o resort um pouco “dated”,
precisando de uma reforma em alguns pontos, mas no geral muito bom. O quarto
era confortável, com uma varandinha e muitos cangurus soltos no jardim, o que
fez a alegria do Lucas.
Nos colocaram num quarto no térreo,
mas numa ala meio distante da parte central do resort, o que dava uma caminhada
de uns 5-10min todo dia. Na maioria das vezes o Lucas andou de boa essa distância,
mas eu com meu barrigão ficava incomodada as vezes com a caminhada e com isso acabávamos
saindo sempre com uma mochila mais uma sacola com toalhas só pra não ter que
ficar voltando ao quarto toda hora durante o dia. Saíamos de manhã pro café e
só voltávamos depois do almoço pra soneca do Lucas e depois no fim do dia pra
dormir.
A comida era boa, mas como em todo
resort, cara. O café custava $35 por pessoa (o Lucas não pagava, apesar do
monstrinho faminto comer tanto quanto um adulto. haha), no almoço cada prato
custava em média $30 e o prato infantil uns $10, mais o custo das bebidas. O
problema é que na prática só tinha um restaurante mesmo pra comermos (o resto
eram bares com comida fast food como pizza e hambúrguer) e o menu era bem
limitado, então ficamos um pouco insatisfeitos no quesito comida. Acabávamos
fazendo apenas 1 refeição mais “normal” (normalmente o almoço) e na outra comíamos
pizza ou hambúrguer. No fim de semana abria também o bar da piscina, que
basicamente só vendia fish and chips e suas variações, que eu odeio por ser
muito gorduroso e o Lucas também não curte. Só o Thiago encarou o fish and
chips e eu fiquei no hambúrguer. Já o Lucas comia só porcaria (na minha concepção,
o que significa batata frita, pizza, sorvete), como em toda viagem nossa,
porque ele não come esses pratos de criança (não come nuggets, fish and chips, não
come hambúrguer, ultimamente nem o macarrão que me salvava ele tem comido. Ele
basicamente só come a comida caseira mesmo, arroz com feijão, lentilha, legumes
cozidos, ovo, raramente carne, etc. Enfim, em casa isso não é problema pois ele
come bem inclusive legumes e frutas variadas, mas em viagens ficamos mais
limitados e ele, claro, aproveita pra se esbaldar de porcaria).
A piscina era excelente,
principalmente pra criança porque além de uma área rasa, mesmo na parte mais
funda tinha uma borda relativamente grossa ao redor de toda a piscina mas na
parte interna que tinha apenas meio metro então as crianças podiam circular por
ali tranquilamente. A água não era aquecida e o Lucas resolveu encrencar com
isso, talvez porque apesar de termos pego sol, não era ainda verão e as
temperaturas não passavam de 25 graus (quente, mas não o suficiente pra
esquentar a água da piscina). Por sorte tinha um pequeno spa na área da piscina
com água aquecida, e foi ali que o Lucas se esbaldou (e eu também, já que detesto
água fria). Na teoria grávida não pode usar spa, mas who cares, segunda
gravidez já é meio chutacao de balde. Fora que a água não era taooo quente
assim, então relaxei e curti muito com o Lucas ali (o Thiago nem tanto porque
ele detesta água em temperatura de canja, como ele fala. haha).
Além da piscina grande tinha um rio artificial
que parecia uma praia com areia no meio do resort com várias atividades
disponíveis pros hospedes, como caiaques, mini barcos a vela, um parque inflável
(que o Lucas ficou doido pra ir mas não podia porque era só pra crianças acima
de 5 anos), trampolim (quer o Lucas adora) e ainda bicicletas pra alugar (pago por
hora - $5 para criança e $25 para adultos, mas como o Lucas é tão pequeno o
cara deixou ele usar a bicicleta menor com rodinhas de graça – acho que nem o
cara do resort acreditou que uma criança de nem 3 anos já andasse de bicicleta.
rs) e stand up paddle (também pago e que não usamos pra não dar ideia pro Lucas
que já inventa moda demais pra pouca idade que tem. O caiaque e o barco a vela
era liberado pros pais irem com criança pequena, contanto que a criança conseguisse
vestir o colete salva-vida. Nos disseram que a referencia seria pelo peso da criança
(mínimo de 15kgs), mas o Lucas tem apenas pouco mais que isso e o colete menor
ficou até um pouco justo nele, então talvez uma criança mais nova conseguisse
usar tranquilamente. Claro que pra usar o caiaque e o barco a vela a criança precisa
ficar sentada durante o trajeto, no caso do Lucas ele entende de boa
atualmente, mas talvez alguns meses atrás ele não entendesse tão bem e não seguisse
as instruções.
Além dos esportes aquáticos tinha na
parte interna uma mesa de pingue-pongue (que o Lucas amou e surpreendentemente
conseguia até “jogar” rebatendo algumas bolas, contando que colocássemos um
banquinho porque ele é muito baixinho pra altura da mesa – como sempre as
habilidades dele não são alcançadas pela altura. rs) e vários jogos de
fliperama, como pacman e pinball, além de uma sinuca no restaurante/bar que
deixaram o Lucas alucinado! (e nós mais pobres com tanta moedinha de $1 e $2
que gastamos nessas máquinas). A sinuca inclusive virou objeto de adoração do
Lucas e ele fazia questão de pegar uma cadeira pra segurar o taco direitinho e acertar
na bola (sério, o tempo tem que parar de passar tão rápido, tenho uma mini
pessoinha e não mais um bebe!).
Por fim, tinha o kids club. Eu achei
o espaço relativamente pequeno, era uma sala interna com brinquedos (e eles
também fazem atividades como face painting, trabalhos manuais, etc) e uma parte
externa não muito grande com brinquedos maiores e alguns velocípedes. Fiquei
meio na dúvida se o Lucas ia curtir por isso levei ele lá pra conhecer
primeiro. Foi só ele bater o olho na enorme mesa de trens e na parede de
escalada que tinha na área externa pra não querer mais sair dali! O esquema era
o seguinte: eles aceitam crianças de 0-12 anos, sendo que se for menor de 2
anos vc tem que pagar $25 por hora porque precisa ter uma babá deles com a criança
o tempo todo. Para maiores de 2 anos custa $35 por cada período de 3 horas e
abre de 9am-12pm e de 1pm-4pm. Eles também tem uma sessão a noite (de 5-8pm)
com jantar, mas precisa ter um mínimo de 5 crianças inscritas, o que não aconteceu
nos dias que estivemos lá então o Lucas não pode participar e com isso nós não conseguimos
ter nosso jantar romântico... :( Como o
Lucas ainda tira soneca depois do almoço, só conseguimos leva-lo no turno da manhã.
Chegamos na quarta a tarde, e na quinta queríamos passar o dia curtindo ele, então
fizemos a reserva pra sexta de manhã e sábado caso ele quisesse. Ele não só
quis como foi uma luta tirarmos ele de lá! No segundo dia ele chegou a se
esconder quando me viu chegando pra buscá-lo e nos 2 dias que ele ficou lá só
conseguimos tirá-lo literalmente carregado e aos prantos. Eles pegam no máximo
12 crianças por turno, então é melhor reservar com antecedência, e o número de
cuidadores depende da quantidade de criança e da idade das mesmas. Achei as
cuidadoras ótimas e muito atenciosas. O Lucas já está desfraldado, mas como é
recente coloquei uma fralda estilo cueca nele só por precaução e avisei as
meninas. Só que ele se recusa a fazer na fralda então pedia sempre pra ir no
banheiro de qualquer forma e as meninas ajudaram numa boa. Eles dão um
lanchinho também que consiste em biscoito e frutas. Ah, e o resort tem também
babás disponíveis (por $25 a hora), mas não chegamos a usar esse serviço (aliás
nunca usamos esse serviço nos resorts que ficamos pois eu tenho meio que receio
de deixar o Lucas com uma babá que eu não conheço).
No geral foi uma viagem maravilhosa
e até deu pra descansar um pouco (na medida que o meu desconforto atual com o barrigão
permite, rs), e tirando os pequenos pontos que mencionei achei que o resort
valeu super apena pelo custo/benefício!
Seguem algumas fotos que tiramos:
O precoce cismou que não iria comer na mesa com a gente, pegou o prato dele e foi escolher outra mesa pra comer sozinho (eu mereço! rs):
Na área do rio (dava também pra ir até a praia
por uma ponte mais adiante, mas envolvia uma caminhada longa que eu não estava
disposta a fazer):
Essa borda (em algumas partes com degraus como
na foto, em outras só uma borda dentro da piscina) tinha em volta de toda a
piscina, o que era ótimo para as crianças:
A área da recepção, onde ficava a mesa de
pingue-pongue e as os brinquedos eletrônicos num canto a direita:
Esse trampolim na água não estava funcionando, não sei o motivo...
O nosso spa particular, que o Lucas adorou não só
pela temperatura da água como também porque ele conseguia ensaiar nadar de um
lado a outro da borda sozinho:
So li seu blog agora . Muito legal a forma que vc relata a viagem e o Lucas ja está desfraldado , que bom . Amo acompanhar o crescimento dele e ver os videos e fotos . Bjss p vcs ❤
ResponderExcluirPRECISO DA TUA AJUDA ASSIM DEMAIS, muito mesmo, preciso que vejas meu comentario da postagem de 2016 em julho
ResponderExcluirGabriel,
Excluirnos nao somos agentes de imigracao, nao podemos dar nenhum conselho sobre assuntos relacionados.
Aconselho voce a contratar um agente de imigracao registrado para receber o suporte profissional adequado.
Boa sorte.
obrigado!! fico feliz pela resposta mesmo assim!!
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