segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dia dos Pais (restaurante, feira e cinema)


Agora que o tenebroso inverno terminou, o tempo está começando a esquentar - ainda faz entre 5 e 10 graus de manhã, mas durante o dia tem chegado a (quase) 20 graus. Em outros tempos eu ainda estaria morrendo de frio, como boa carioca, mas agora faz 20 graus e eu to sem casaco no sol e se duvidar na praia. haha
 
Esse ano o inverno foi especialmente ruim pra nós, desde o início de junho que emendamos uma doença na outra, eu e Lucas chegamos a 3 sequencias de antibióticos. Fora as 2 semanas em que todos lá em casa pegamos a tenebrosa flu desse ano, que veio super forte esse ano e com duração de 2-3 semanas. Agora imagina eu e Thiago super mal, de cama, e ainda tendo que cuidar sozinhos de um bebê doente? Foi punk, bateu até vontade de voltar pro Brasil pra perto da família.
 
Mas agora estamos todos bem e empolgados com a primavera que começou em setembro e com o verão que se aproxima. Esse fim de semana foi Dia dos Pais aqui (comemorado no primeiro domingo de setembro) e como meu pai me ensinou, saímos pra almoçar no sábado, um dia antes, pra evitar os restaurantes lotados (e no caso da Austrália, surcharge, pois normalmente nessas datas comemorativas e feriados os restaurantes cobram uma taxa extra pra cobrir os custos com funcionários extras).
 
O restaurante que o Thiago escolheu foi o Omeros on the Beach, um restaurante de frutos do mar no bairro de Brighton Le Sands. Fizemos reserva (o que é imprescindível em datas assim e ultimamente com bebê eu também prefiro fazer pois posso pedir uma mesa com espaço para acomodar o carrinho e a cadeira de comida do Lucas – que aqui se chama high chair e acho que todos os restaurantes fornecem) e foi mesmo essencial pois o restaurante estava lotado. Ele não é muito grande e ainda tinha uma festa de 90 anos sendo comemorada na varanda, então reduziu pra apenas umas 15 mesas disponíveis. O restaurante é um pouco mais caro por ser de frutos do mar e ser na beira da praia de Ramsgate. A comida achei boa, mas acho que eu esperava mais, algo mais diferente, sabe? Pelo menos a quantidade é muito bem servida e eu nem consegui comer tudo. O atendimento foi ótimo e os garçons muito solícitos, me ofereceram um prato e água pro Lucas (como eu tinha levado a comida dele, nem perguntei se eles iam oferecer alguma comida pra ele ou se o prato era pra dividirmos a nossa comida), vinham sempre perguntar se precisávamos de algo. Como atualmente o Lucas não pára quieto e quer sempre estar no chão andando e ensaiando os primeiros passos (como pode um bebê de 9 meses achar que já pode andar??? Achei que eu ainda tinha uns meses antes dessa fase...), foi um desafio como sempre passar 2 horas sentados no restaurante. Enquanto estamos dando comida pro pancinha ele fica bem (é libertador ele comer bem e de tudo, e ele ainda come comida inteira, o que facilita muito pois posso dar pra ele do meu prato mesmo. Atualmente só dou algumas poucas coisas pois ainda não quero ele comendo sal, então as refeições grandes mesmo levo de casa, mas beliscar ele belisca numa boa o nosso.), mas não dá pra ficar dando comida pra ele por 2 horas, né? (não que ele não curtisse a ideia… haha) Claro que acabamos recorrendo ao que sempre criticamos e dizíamos que nunca íamos fazer: colocar a galinha pintadinha no celular (sem som mesmo) pra ele ver e nós podermos comer. Como paguei minha língua depois de ter filhos!

Como comentei o restaurante é de frente pra praia e com uma vista linda. Infelizmente não pudemos aproveitar a praia porque batia um vento gelado improbitivo (impressionante como parece que tem um vortex em cima de Sydney, como venta nessa cidade!).
 
Antes do almoço passamos numa feira de produtos orgânicos que rola todo sábado na escola pública de Ramsgate. Eu até brinquei com o Thiago dizendo que queria comer pastel com caldo de cana na feira, e não é que tinha caldo de cana?? Pastel claro que não tinha porque não existe aqui, mas tinha muitos petiscos deliciosos. Como íamos almoçar em seguida, não deu pra ficar comendo, só compramos um arancini (um bolinho de arroz) com carne moída que estava divino! Estávamos com um pouco de pressa então só comprei um pão orgânico por lá, mas certamente vamos voltar mais vezes pra explorar a feira e provar todos os tentadores quitutes que eles tinham.


Eu e meu rapazinho na feira:



Uma coisa que eu adoro aqui são essas feiras, vc pode ver mais feiras de produtos orgânicos nesse site aqui. Além das feiras de produtos orgânicos, tem muitos outros “markets” espalhados pela cidade que são uma delícia de visitar, como a do The Rocks que é um clássico . Vale a pena um passeio pelo Circular Quay no sábado/domingo culminando com uma caminhada pelo The Rocks e explorando a feira.




Depois do almoço um casal de amigos ficou com o Lucas por algumas horas para que eu e Thiago pudéssemos ir no cinema. O primeiro cinema juntos em quase um ano! Fomos ver Holding the Man, um filme australiano baseado na história real de 2 homens que enfrentaram o preconceito durante 15 anos de relacionamento que começou no colegial (um famoso colégio só de meninos em Melbourne). O filme é bem legal, bonito, mas eu tenho que confessar que ando meio cansada desses filmes gays que não inovam no roteiro, acabam ficando muito repetitivos. Essa semana eu tinha visto outro que gostei bem mais, também sobre um relacionamento gay, mas com uma narrativa mais complexa e interessante (até lembra a história de Brokeback Mountain, mas com uma pegada mais seca do cinema alemão). Quem quiser ver, tá no Netflix e se chama Free Fall.

Enfim, foi um fim de semana bem agradável. Que venha o verão!

3 comentários:

  1. Sim, Denise, todos nós pagamos a língua quando temos filhos. Temos uma capacidade absurda de julgar a educação e o comportamento dos pais e dos filhos dos outros...
    A frase mais verdadeira que eu já ouvi é: OS MELHORES PAIS SÃO AQUELES QUE NUNCA TIVERAM FILHOS... É ou não é verdade? rsrsrs
    Beijos

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  2. Por enquanto, em situações como essa, só a galinha salva mesmo. Mas daqui a pouco vc começa a levar livrinho, papel e giz de cera pq pode existir vida em Restaurante com criança e sem iPad/iPhone.

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